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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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“O nosso património está junto de um bom copo de vinho;uma identidade própria do Alentejo” diz José Calado, Historiador(c/som)

 

O vinho e a vinha são inseparáveis da nossa cultura e foram fatores decisivos para desenvolver a história de diversos territórios, entre eles a da Região Alentejo.

O Alentejo é conhecido e reconhecido mundialmente pela gastronomia, pelo património histórico, pelas paisagens, pelo clima e sobretudo pelo vinho, que nos últimos anos tem levado o nome da Região além fronteira.

O passar dos anos foi trazendo novas técnicas na produção de vinho e a transformação tem ocorrido ao longo dos tempos e apesar da evolução, as transformações ocorridas não têm alterado a importância que o vinho representa para a região.

Realizou-se recentemente em Redondo o I Congresso de História e Património Vitivinícola do Alentejo , numa organização da Empresa História e Memória e que contou com o apoio do Município de redondo.

À margem deste evento, a Rádio Campanário falou com José Calado, responsável pela Empresa organizadora do congresso, falou com José Calado a este propósito.

José calado começa por nos dizer que “o vinho na Região Alentejo teve sempre altos e baixos, é uma questão histórica” ainda assim salienta que esta situação acontece com várias atividades.

Ao longos dos anos, refere o historiador, o vinho “teve momentos de grande protagonismo e momentos quase insignificantes à luz do contexto Nacional” acrescentando contudo que “uma coisa é certa, o vinho sempre fez parte indispensável da cultura alentejana, sempre teve uma raiz muito profunda daquilo que é a identidade o que é ser alentejano.”

De acordo com José Calado, o setor está hoje marcado “não só na qualidade do nosso vinho mas também nas tradições que lhes estão associadas: as talhas, o cante alentejano , o vinho feito nas tabernas.”

José Calado vai mais longe e destaca que, nesta região “todo o património se concentra junto de um bom copo de vinho, numa mesa sentado com os amigos, porque esta é a identidade muito própria do Alentejo.”

Questionado sobre a mítica ideia de que o vinho é prejudicial, José calado realça “talvez a informação não chegue convenientemente ao consumidor e quando existe essa ideia é porque a informação não passa corretamente” sublinhando “o vinho consumido com moderação está muito longe de ser prejudicial e é um dos três marcos básicos da dieta mediterrânica.”

José Calado conclui referindo “algo cultural não deve ser nunca apagado da nossa memória e o vinho é cultura.”

 

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