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Sexta-feira, Março 29, 2024

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O setor dos mármores “tem de mudar de mentalidade, a perspetiva individual está ultrapassada”, diz Miguel Goulão (c/som)

Decorreu esta sexta feira, 26 de julho, no Salão Rosa do Alentejo Marmòris Alentejo & Spa em Vila Viçosa a sessão de encerramento do VIII Congresso Internacional da Pedra Natural do Alentejo, onde também foi apresentado o livro “Pedra Portuguesa no Mundo – Portuguese Stone Around the World”, uma publicação Assimagra – recursos minerais.

Como tem sido apanágio durante o certame ALSTONES, a Rádio Campanário marcou presença e em jeito de balanço final falou com Miguel Goulão, vice-presidente executivo da Assimagra.

Miguel Goulão começa por referir aos nossos microfones que “o balanço é positivo”, justificando que “a iniciativa procura dar corpo áquilo que é a visibilidade do setor dos mármores”. No entanto “nem tudo resultou bem”, pois “as empresas não estiveram todas presentes, apenas alguns empresários participaram”.

“Temos de ser pragmáticos, apenas assim podemos melhorar”
Miguel Goulão

 O vice-presidente executivo da Assimagra considera que “as empresas têm de sentir a importância destas iniciativas”, quer ao nível da promoção, quer da reflexão e até mesmo da discussão “de forma aberta dos problemas do setor”.

O VIII Congresso Internacional da Pedra Natural do Alentejo, “termina com uma mensagem clara para que o setor se una”, considerando Miguel Goulão que “só conseguimos fazer acontecer se as empresas estiverem unidas”.

 “É uma utopia dizer que vamos fazer coisas em conjunto quando não se tem as empresas”
Miguel Goulão

Miguel Goulão considera também que “é determinante para o setor que as empresas vençam estas batalhas em conjunto”, acrescentando que “penso que sai daqui um sinal muito positivo em relação a isso”.

Relativamente ao certame ALSTONES, o vice da Assimagra refere que “a intenção de se repetir já para o ano é muito importante”, acrescentando que “enquanto a iniciativa vai e não vai, temos de começar a desenvolver um trabalho conjunto, que tem de ser permanente”.

A RC questionou Miguel Goulão se eventualmente estamos num ponto de viragem do setor dos mármores, ao que nos foi dito que “o mármore tem um potencial tremendo”, no entanto “os números indicam um decréscimo do setor”, acrescentando que “o setor não consegue acompanhar o crescimento a nível nacional”.

O decréscimo das exportações do Porto de Sines também foi abordado, considerando Miguel Goulão que “Sines exporta calcários não alentejanos para a China, logo não considero um fator de grande significado a sua menor atividade”. O dirigente considera que “a política da empresa que gere o Porto de Sines é desadequada para com o setor dos mármores”, frisando novamente que “o decréscimo não tem que ver com as exportações do setor, mas sim com a gestão daquilo que é o espaço do porto”.

Relativamente ao livro apresentado, Miguel Goulão refere que “pretende transmitir a capacidade que o setor tem de concretizar”, não individualmente, mas sim coletivamente.

Miguel Goulão explica que o livro “apenas dá a conhecer algumas obras”, deixando o desafio ás empresas “para que divulguem as obras que tem feito por esse mundo fora”.

“É muito importante as empresas do setor dos mármores divulgarem o que fazem de bem”
Miguel Goulão

A Campanário questionou Miguel Goulão sobre a importância do ‘associativismo’ no setor das pedras naturais, referindo o dirigente que “o associativismo é uma lacuna que toda a atividade económica em Portugal apresenta”.

Miguel Goulão é taxativo e afirma que “é óbvio que temos de mudar mentalidades, nós próprios temos de mudar, obviamente que não fazemos tudo bem”. O vice-presidente da Assimagra destaca ainda a “importância em que as empresas conheçam os canais que as podem ajudar a melhorar”, referindo que “muitas das vezes as empresas não interpretam esses canais da melhor forma”.

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