Metade espanhola, metade portuguesa, esta é a essência e parte do encanto de Olivença, uma localidade por méritos próprios dentro da Rede de Povos mais Bonitos da Espanha. Beleza do começo ao fim bem pelas suas fachadas, património ou charme rayano.
Atravessamos a ponte que atravessa o rio Guadiana, o rio que separa Portugal de Espanha, e somos saudado com uma placa de boas-vindas à Espanha. Como as centenas de outras placas que estão pontilhadas ao longo da fronteira espanhola, é uma placa azul com a palavra “España” rodeada por 12 estrelas douradas: o símbolo da UE para a unidade, solidariedade e harmonia entre os povos da Europa.
Este sinal em contraste com o simbolismo que as 12 estrelas representam, alguém pintou “Olivença é nosso é português” abaixo da palavra “España (Olizenza é nossa, é portuguesa).
Olivença é uma bela e vasta terra com dois municípios: Olivença, com mais de 12.000 habitantes, e Táliga, com menos de 1.000. No conjunto do território histórico, são cerca de 13.000 oliventinos. O espaço é característico alentejano – para os espanhóis, estremenho. Vemo-lo nitidamente na vegetação, nas serras baixas da paisagem, nas inconfundíveis chaminés grandes das casas brancas das aldeias, no litoral ribeirinho junto à albufeira de Alqueva e na margem esquerda do Guadiana, em Vila Real, defronte de Juromenha, ou subindo o rio até à Ponte da Ajuda, que liga a Elvas. Aqui, não há diferença entre a margem esquerda e a margem direita do Guadiana!
