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Terça-feira, Abril 23, 2024

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“Os cuidadores informais têm, muitas vezes, a realidade de terem que cuidar de alguém, sem conhecimentos” diz Sara Martins da ECCI(c/som)

O projeto Cantinho do Cuidador, projeto de profissionais de saúde da Unidade de Cuidados na Comunidade do centro de Saúde de Évora, procura chegar a todos os Cuidadores Informais do Concelho de Évora com ações que visam a capacitação para o papel de cuidador, mas também promovendo o seu bem-estar e prevenindo os elevados níveis de exaustão a que esta atividade está sujeita.

Em curso desde 2019, o projeto retomou sua atividade em março deste ano depois de uma paragem forçada de 2 anos devido à pandemia de covid 19.

A Rádio campanário falou com Sara Martins, da equipa de Cuidados Continuados Integrados de Évora (ECCI) que começou por nos referir como foi, para os Cuidadores informais viverem este tempo de pandemia sem uma presença mais assídua e presencial por parte da equipa.

Sara Martins começou por nos referir “os tempos de pandemia foram maus para toda a gente no geral” acrescentando que, em relação aos cuidadores informais “sinto que foram muito afetados porque são pessoas que se encontram em casa em situação de isolamento social a prestar cuidados a familiares ou amigos dependentes e esta pandemia fez com que este isolamento se intensificasse ainda mais.”

Ainda assim, em termos do cantinho do cuidador, onde existem várias formas de intervenção, uma delas o atendimento individual “nós fomos fazendo isso ao longo da pandemia.”

No próximo dia 26 de julho pelas 16h na Fundação Eugénio de Almeida, vai ser realizada uma nova sessão, desta vez sobre o tema “Higiene, posicionamentos e transferências“.

Esta sessão, com uma componente mais prática, pretende capacitar cuidadores informais para prestação de cuidados ao utente, na vertente da higiene, posicionamentos dos dependentes, transferências da cama para a cadeira de rodas ou para o cadeirão, entre outras.

Os cuidadores informais são muitas vezes confrontados, de forma abrupta, com a necessidade de terem que cuidar de alguém dependente, muitas vezes sem qualquer experiência ou conhecimento da melhor forma de o fazerem.

Estas sessões, realizadas por esta equipa, revelam-se por isso de extrema importância para que o dia a dia destes cuidadores informados seja realizado, pelo menos com a certeza de que o estão a fazer da melhor forma.

A este propósito Sara Martins refere “as pessoas acabam por ir prestando esses cuidados ainda que muitas vezes não o façam da melhor forma, em termos de técnica,  por desconhecimento o que dificulta ainda mais o trabalho de cuidador informal.”

Sara Martins conclui que o trabalho do Cuidador Informal é um trabalho muito “pesado, muito exaustivo, permanente e muito solitário.”

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