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Quinta-feira, Março 28, 2024

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“Os dados do final de maio são animadores, a área ardida está muito abaixo do período homólogo de 2019, com uma redução de cerca de 87%” diz Cmdte. José Ribeiro (c/som)

A época de incêndios já começou e sempre que as temperaturas começam a aumentar as precauções e os cuidados também devem aumentar.

Em declarações à RC, José Ribeiro, comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora perspetiva como poderá ser a época de incêndios neste ano e revela os números que já existem até ao momento relativamente a incêndios.

“Tivemos de aplicar a todas as operações de proteção e socorro e aos incêndios rurais, aquilo que são as condicionantes que a COVID-19 nos impõe, um reforço das medidas de proteção individual, das medidas de proteção coletiva e vários procedimentos e protocolos para evitar que esta doença possa atingir os operacionais e comprometer a resposta”, afirma.

O comandante José Ribeiro explica que se tem feito uma “aposta muito forte” no que são as operações de combate a incêndios, quer seja “na fase do combate, quer ao nível dos postos de comando”.

Quanto à limpeza das florestas para mitigar o risco de incêndios, que este ano teve o prazo prolongado até 31 de maio devido à pandemia, o comandante acredita que “nos locais de maior risco esse trabalho estará feito”. E garante que a “expectativa é estarmos preparados para responder com o dispositivo que temos da melhor forma às ocorrências e às situações de exceção que nos possam vir a ser colocadas”.

Apesar de o mês de maio do ano corrente ter sido considerado o mais quente mês de maio dos últimos anos, o comandante refere que “os dados do final de maio são animadores (…) as áreas ardidas estão muito abaixo dos últimos anos”, comparando apenas com 2011 onde entre 1 de janeiro e 31 de maio aconteceram 11 incêndios.

Revela ainda que os dados têm demonstram que entre 1 de janeiro e 31 de maio de 2020 houve uma “área ardida de apenas 4 hectares, um total de 12 ocorrências que, comparando com anos anteriores, estamos claramente abaixo. Por exemplo, se comprarmos com o ano passado, por esta altura já tínhamos 216 hectares de área ardida e um total de 90 ocorrências de incêndios”, o que equivale a uma redução de cerca de 87% da área ardida.

O comandante vê estes valores como “dados animadores”, porém frisa que “o pior está para vir” pois “os meses mais complexos serão agora durante junho, julho e agosto, que são os meses que nos oferecem maior preocupação e nos quais o risco vai ser, certamente, mais elevado”. e que qualquer incêndio irá exigir muito do dispositivo, confiamos também muito no dispositivo e na sua reposta para que possa proteger quer o património, quer as pessoas.  

Sobre as condições meteorológicas, explica que terão “um papel muito importante, pois houve muita vegetação a crescer durante a primavera e isso vai agravar o risco nos espaços rurais e florestais, mas é uma situação que se vai colocar nos meses de verão, pois qualquer incêndio terá, certamente, uma propagação mais rápida e mais gravosa”.

Reforça a sua confiança no “dispositivo e na sua reposta para que possa proteger quer o património, quer as pessoas”.

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