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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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Os governantes ainda têm “um grande desconhecimento sobre o que é viver no interior”, diz Ana Costa Freitas (c/som)

Na sua entrevista em exclusivo à Campanário, a pretexto da sua reeleição enquanto Reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, falou também sobre as visitas que os governantes e políticos nacionais têm feito ao interior, nomeadamente ao Alentejo, sublinhando que “a atenção especial que o interior do país necessita neste momento também faz alguma diferença”. Contudo, considera que os mesmos ainda desconhecem o contexto “que é viver no interior”, algo que conduz a decisões que em alguns casos “poderiam ser diferentes”.

“Nós temos nitidamente, um país cujo interior está muito desertificado, tem um problema demográfico muito grande e que merece uma atenção especial”, refere Ana Costa Freitas. Por isso é importante dar-se atenção às pessoas, “seguindo também aquela filosofia do Sr. Presidente da Republica, da questão dos afetos, as pessoas gostam, portanto eu acho que isso é importante”.

“Nós não podemos continuar a ter um país tão desequilibrado”, pelo que “é preciso atenção à parte interior do país”, ao mesmo tempo que “é preciso trazer mais empresas”. Porque “o turismo é uma coisa ótima, tem crescido imenso”, mas “os empregos criados com o turismo são bons”, contudo “não são empregos qualificados”, por isso “o nível económico das famílias não sobe muito”, visto que “não têm salários muito altos”, diz a reitora.

Nesse sentido, “o que nós precisamos é de balançar isso” e “ter mais emprego qualificado”, esclarece. Pois, “esta emigração de quadros é uma coisa que continuará a existir enquanto nós não tivermos mais empresas que consigam criar mais emprego qualificado” e “no interior, principalmente”.

Ana Costa Freitas dá ainda o exemplo da criação de dez empregos qualificados no interior, algo que na sua ótica, “mexe com a economia”, ao contrário de “Lisboa, Porto, Coimbra e Aveiro”, referindo ao mesmo tempo que “ainda há um grande desconhecimento sobre o que é viver no litoral e o que é viver no interior”. Motivo pelo qual “às vezes por isso se tomam algumas decisões que poderiam ser diferentes”, por parte dos dirigentes e governantes nacionais.

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