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Ourique: Falência da unidade de cuidados extingue “40 postos de trabalho”

A Associação Nacional de Cuidados Continuados (ANCC) denunciou“a falência e consequente encerramento” da unidade existente em Garvão, no concelho de Ourique (Beja), o que elimina “30 camas” e extingue “40 postos de trabalho”.

“É com pesar e com profundo lamento que comunicamos a falência, e consequente encerramento, da Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) da Associação de Solidariedade Social Futuro de Garvão”, pode ler-se num comunicado da ANCC, enviado à agência Lusa.

No comunicado, assinado pelo presidente da direção, José Bourdain, a ANCC refere que, com este fecho, são eliminadas “30 camas na tipologia mais carente da Rede de Cuidados Continuados”, a de longa duração.

E “assim se extinguem 40 postos de trabalho numa região do país com escassas oportunidades de emprego e de apoio social e de saúde, com a agravante que estes trabalhadores têm salários em atraso”, denunciou.

Para o responsável “este é mais um exemplo, a juntar a outros tantos, do encerramento de várias UCCI por insolvência, fruto da perseguição que o Governo e os três partidos que o apoiam têm feito a este setor”.

A Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Longa Duração e Manutenção de Garvão começou a funcionar em 14 de maio de 2012, anunciou, na altura, a Associação de Solidariedade Social – Futuro de Garvão.
 
A unidade resultou de um investimento superior a um milhão de euros, financiados pela Administração Regional de Saúde do Alentejo (mais de 722 mil euros) e por fundos privados.

Com capacidade para acolher 30 utentes, a UCCI dispunha de várias valências, como fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional.

A unidade foi, depois, inaugurada em 18 de dezembro de 2012, pelo então secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, no Governo PSD/CDS-PP.

Numa notícia divulgada hoje, uma estação de rádio de Beja, a Rádio Voz da Planície, deu conta do encerramento da UCCI, explicando que a associação gestora da valência, “ao que tudo indica, estará em processo de insolvência”.
 
Em 2020, o edifício onde funcionava a unidade e o respetivo terreno terão sido comprados por um médico, segundo a mesma rádio.

A Lusa tentou  contactar, sem sucesso, algum responsável da Associação de Solidariedade Social – Futuro de Garvão.

C/Lusa

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