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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Portugal chegará ao limiar da matriz de risco dentro de duas semanas a um mês a este ritmo de crescimento

A reunião nas instalações do Infarmed conta com apresentações técnicas de epidemiologistas e outros especialistas do Ministério da Saúde, da Direção-Geral da Saúde (DGS) e de outras instituições públicas. Com a participação, por videoconferência, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

 

No primeiro de sete blocos de apresentações, André Peralta Santos da Direção-Geral da Saúde falou sobre “Evolução da incidência e transmissibilidade”, revelando que Portugal está “neste momento com uma incidência moderada, próxima dos 71 casos por 100 mil habitantes e com uma tendência ligeiramente crescente”.

“Todas as faixas etárias têm uma incidência inferior àquilo que tinham a 15 de março, exceto a dos zero aos nove anos de idade. O decréscimo é maior nos 80+ e algumas faixas etárias já começam a esboçar uma inversão de tendência”, explicou André Peralta Santos, sendo esta uma novidade traduzida pelo analista e uma inversão de tendência relativamente aos grupos etários.

O aumento da faixa dos 0 aos 9 anos não está igualmente distribuído em todo o território, uma vez que se assinala na região do Grande Porto e Lisboa e Vale do Tejo. O especialista acrescentou que “há um aumento mais expressivo na população mais jovem, mas já se começa a esboçar um aumento na população dos 25 aos 50/55, o que traduz essencialmente a população ativa. Onde se verifica um aprofundamento do decréscimo é realmente na população dos 70+”.

Quanto à diferença de região, André Peralta assinala “a inversão de tendência na região do Algarve, mais precoce do que nas outras regiões e que já está atualmente acima dos 120 casos por 100 mil habitantes”.

“Nas outras regiões também há sinais de inversão de tendência e de aumento ligeiro. Quando olhamos para as hospitalizações mantém-se a tendência decrescente, apesar de ela ter diminuído a sua velocidade de decrescimento, mas mantém-se tanto em hospitalizações como em unidades de cuidado intensivos e abaixo do referencial de 245 camas ocupadas por doentes covid”, explica.

Quanto à mortalidade, “há uma manutenção da tendência de decrescente”.

O especialista da DGS revelou que “houve uma intensificação” de testagem na semana de 13 para a semana 14″ e que segue naturalmente “um padrão em que concelhos com maior incidência têm também mais testagem”.

Com este ritmo de crescimento da pandemia, Portugal chegará ao limiar da matriz de risco dentro de duas semanas a um mês.

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