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“Prefiro uma pegada segura do que uma derrapagem dolorosa”, afirma o Arcebispo de Évora, sobre o levantamento das limitações às celebrações religiosas

O Cardeal-Patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Manuel Clemente, reuniu-se esta segunda-feira, dia 20 de abril, com o Primeiro-Ministro, António Costa, para preparar o levantamento das limitações às celebrações religiosas.

Em declarações ao JN, o Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, afirma que “estamos todos desejosos de retomar as celebrações comunitárias, mas a última palavra deve ser sempre das autoridades sanitárias. Prefiro uma pegada segura do que uma derrapagem dolorosa”, e manifesta total confiança no que vier a ser decidido pelo presidente da CEP e pelo Governo, desde que essas decisões tenham por base os pareceres científicos.

A suspensão das missas foi determinada a 13 de Março, pela CEP, ainda antes de ser decretado o Estado de Emergência em Portugal. A medida, levou a que bispos e padres recorressem às redes sociais para transmitir as celebrações realizadas à porta fechada, sem assembleia.

Sobre um possível levantamento da suspensão, o Arcebispo de Évora, defende, por exemplo, “que se abram as igrejas para os fiéis poderem rezar” ou que se “celebrem mais missas, com menos gente”, mas sempre “com um cuidado muito grande”, para evitar que tenha sido em vão todo o esforço que tem vindo a ser feito pelas autoridades e pela generalidade da população.

Antes deste encontro, em declarações à Rádio Observador esta manhã, D. Francisco Senra Coelho sublinhou que a Igreja Católica tem de ouvir a opinião dos especialistas em saúde pública, mas aponta também algumas das medidas que podem vir a ser utilizadas. “Não é fácil dizer quem entra e quem não entra na Igreja”, referiu, dando o exemplo, “na celebração da Missa dominical poderemos dizer que quem vai ao sábado não vai ao domingo”.

“Temos que manter a distância entre as pessoas. Teremos, porventura, que usar máscara. São possibilidades que vamos percebendo que podem ser realidade”, disse, acrescentado que “há questões muito concretas que têm que ser, de facto, discernidas e acompanhadas nas localidades em que os Párocos vão precisar de orientações muito objetivas”, afirmou o Arcebispo de Évora, ao Observador.

O Arcebispo de Évora lembra que tal como foi a Igreja Católica a decidir fechar os espaços religiosos, vai ser a Igreja a decidir quando os vai reabrir. Mas garante, desde já, que nas celebrações do 13 de Maio, a Eucaristia será celebrada sem fiéis.

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