A radio campánio está presente num dos maiores eventos sobre a água, o “Water world forum for life” – “Forum do mundo da água para a vida” e assistiu à conferência sobre a “Subida da água do mar nas cidades costeiras – previsões e desafios”.
Esta conferência teve como Moderador o Jornalista Vitor Gonçalves, e contou com a presença dos oradores: Carlos Antunes, do Instituto Dom Luiz – FCUL – Universidade de Lisboa, Susana Costas – CIMA Universidade do Algarve, Claire Dufau – CLS (França), Primeiro Tenente António Tavares, do Instituto Hidrográfico – Marinha Portuguesa e de Bruno Lucas – Remote Sensing Scientist – EUMETSAT.
Os temas abordados fizeram referência ao impacto que a subida das águas do mar, motivada pelas alterações climáticas, os comportamentos humanos, e o seu comportamento, têm nas condições dos ecossistemas marítimos, na vida das populações e dos lugares.
A maioria da costa está coberta com satélites que permitem monitorizar, através de altimetria, a evolução do nível das águas do mar e assim permite fazer medições importantes para prever alterações e possíveis mudanças.
Depois de recolhidos, estes dados permitem até prever a ocorrência de sismos, e medir a intensidade do seu impacto, usando o resultado destes dados para tomar decisões importantes relativamente a este aumento.
Foi também referido por um dos oradores, que um dos grandes desafios está em convencer os políticos a fazer alterações, para travar o problema das alterações climáticas e o aumento do nível da água do mar, chegando a referir que “os ciclos políticos são diferentes dos ciclos da terra” e que “o difícil é convencer os políticos a fazer alguma coisa, quando o interesse político se sobrepõe ao interesse de salvar o planeta”, da mesma forma que considera “difícil convencer as pessoas que é preciso, muitas vezes, mudar a forma de pensar, mudar as suas vidas, as construções, os edificios em prol de salvar o planeta”.
“As pessoas continuam a negar que isto (as alterações climáticas) existem e isto também é um problema, por isso mesmo é que é preciso que existam mais mensagens como esta”, concluiu Carlos Antunes.
