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Rosa Grilo confessa homicídio do triatleta Luís Grilo, cujo corpo foi encontrado no distrito de Portalegre

António Pedro Santos / Lusa

Pela primeira vez, Rosa Grilo confessou em tribunal ter matado o marido, com quem estava em “fase de rutura”. Diz que mentiu a conselho da sua defesa sobre não saber usar armas.

Rosa Grilo cometeu o homicídio do marido, Luís Grilo, em 2018, na sua casa, em Vila Franca de Xira, mas o corpo só foi encontrado mais de um mês depois no distrito de Portalegre, em que, segundo o observador, os elementos recolhidos no local e encontrados no corpo confirmam as primeiras suspeitas.

O corpo foi encontrado na estrada municipal (EM) 1070, perto de Alcórrego (distrito de Portalegre), por um homem que sentiu o cheiro a putrefação enquanto fazia uma caminhada.

Rosa Grilo já havia sido condenada há três anos pelo homicídio do marido, o engenheiro informático e triatleta Luís Grilo. Mas, esta terça-feira, Rosa Grilo voltou a tribunal para depor noutro processo e confessou que disparou sobre o marido.

Segundo o Correio da Manhã, Rosa Grilo descreveu a forma como disparou primeiro dois tiros, para “experimentar”, na banheira e na garagem de sua casa. “Fiz outros dois sobre o meu marido”, afirmou, não tendo “acertado” num deles”.

“Ele estava profundamente adormecido”, disse Rosa Grilo. Depois, segundo o relato do jornal, emocionou-se e continuou a explicar que na noite anterior tinha tido um desentendimento “muito grande” com o marido e que acabou por lhe servir uma refeição com “pelo menos meia dúzia” de calmantes para o drogar. Depois, decidiu que fugir do Luís Grilo, com quem estava numa “fase de rutura” e que a costumaria ameaçar, “não adiantava”. E pegou na arma, que era do amante, António Joaquim.

Depois, confessou, levou o corpo para a garagem, enrolado em lençóis, e atou-o com uma corda, que usou para arrastar o cadáver.

Em tribunal, Rosa Grilo demonstrou também que sabe manusear uma arma e confessou que mentiu em tribunal quando foi questionada sobre se tinha essa capacidade — segundo a própria, diz agora, fê-lo a conselho da sua defesa.

O caso que voltou a levar Rosa Grilo ao tribunal de Vila Franca de Xira tem por base a acusação à antiga advogada de Rosa Grilo, Tânia Reis, e ao assessor forense que trabalhava com ela, João de Sousa. Estão pronunciados pelo crime de favorecimento pessoal na defesa de Rosa Grilo, suspeitos de terem plantado provas para organizar uma nova “cena do crime” para tentar que o julgamento fosse prolongado e que Rosa Grilo acabasse por ser libertada e absolvida.

Rosa Grilo já tinha sido condenada à pena máxima, 25 anos de cadeia, pela morte do marido, que aconteceu em julho de 2018, no quarto do casal, numa casa em Vila Franca de Xira. O amante, António Joaquim, que segundo este relato lhe deu a arma com que disparou, também foi condenado à pena máxima, depois de ter sido absolvido na primeira instância.

 

Fonte: Observador, Correio da Manhã

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