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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Se hoje fosse Ministra da Saúde apostaria “numa sensibilização precoce e numa garantia de acesso a formação contínua”, para fixar médicos no Alentejo (c/som)

Em declarações à RC, à margem de um evento da associação Dignitude que atualmente preside, Maria de Belém Roseira falou à RC sobre as medidas que tomaria para combater a falta de médicos no interior se fosse Ministra da Saúde, cargo que exerceu no XIII Governo Constitucional (1995 a 1999).

Maria de Belém defende um trabalho com as autarquias e com a ordem dos médicos, assim como a circulação de médicos na fase de internato.

“Há incentivos que podem ser negociados com as próprias autarquias”, aponta, mostrando-se a favor desta medida, mesmo quando confrontada com o facto de não terem resultado no passado.

“Acho que cada vez mais se está a pensar na necessidade de inventar medidas que sejam positivas quer para os profissionais, quer para as pessoas”
Maria de Belém

Acrescenta que “articularia muito com a Ordem dos Médicos”, apontando o programa anunciado pelo Bastonário da Ordem, para estabelecimento de “um programa em que um dos anos de internato seria feito com uma circulação de médicos”. Maria de Belém acredita que “a circulação leva a que as pessoas se fixem nos locais”, afirmando que cada vez mais estão a ser tomadas medidas “que podem ser muito criativas e muito positivas no sentido de fixação de pessoas no interior”.

A ex-ministra afirma que “temos que ter a noção que as falhas que temos não são apenas a nível do interior”, defendendo um olhar sobre os recursos humanos da saúde, “e tentar resolver muitas das brechas que temos em algumas especialidades”.

Relembra casos de estabelecimentos de ensino que realizaram acordos de internato com municípios do interior, afirmando que considera que “uma relação o mais precoce possível dos futuros médicos com as populações e localidades fora dos grandes centros pode ser muito importante”. Destaca ainda a necessidade de manter as pessoas “em contacto, em rede”, “para não se ter a sensação que quem vem para o interior vai estagnar na profissão”.

É “indispensável” transmitir aos novos profissionais “uma garantia de que terão acesso continuamente à formação”, conclui.

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