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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Testemunho da 23ª Edição de Portugal Lés-a-Lés

Terminou ontem a 23ª Edição de Portugal Lés-a-Lés, que iniciou o percurso em Chaves e terminou em Faro. 

Neste último dia foram percorridos 387 quilómetros, como se pode ler na página do Facebook Lés-a-Lés, o testemunho sobre as belas paisagens que os motards puderam observar durante a viagem, na 3ª e última etapa.

“Manhã fresca antes de uma tarde que haveria de ser abrasadora, através de um Alentejo que parecia aguardar a passagem da caravana para transformar em amarelo seco, o verde dos cereais, com colheita adiada por força das chuvas tardias. E continuaram as surpresas, seguindo com a fortuna da freguesia de Galveias, uma das mais ricas do País graças à herança deixada há 50 anos pelo comendador José Godinho de Campos Marques, e que tem no escritor José Luís Peixoto, um dos galveenses mais ilustres, e, logo a seguir, a extrema simpatia de Aldeia Velha que viveu o maior engarrafamento da história. Bem menor a confusão na passagem por Ciborro, única localidade na N2 que tem um marco miriamétrico das centenas. E logo do km 500, sendo o único em mármore, principal fonte de sustento da região.”

“Montemor-o-Novo e o altaneiro castelo, a passagem por um troço da original N2, com direito a cruzamento com uma linha de água que, em invernos normais, torna impraticável a estrada por inundação, foram as notas seguintes de um road-book que até poderia ter uma página inteira dedicada á Gruta do Escoural. Não fosse dar-se o caso desta ser uma caravana de dimensões recordistas, inviabilizando qualquer possibilidade de visita ao espaço. Menos limitações no jardim central de Alcáçovas, onde a doçaria regional fez as delícias de todos. Tal como aliás o Museu dos Chocalhos, instalado no Paço dos Henriques, onde foi selado o acordo em que Portugal e Castelo dividiram o Mundo na horizontal com linha logo abaixo das Canárias.”

“Imponente também as minas de Aljustrel, terras esventradas desde o tempo dos romanos, com centenas de quilómetros de túneis ramificados ao longo de extensa área. Uma zona que guarda outras memórias de tempos ancestrais, como a sangrenta batalha de 1139, quando D. Afonso Henriques venceu exército muito mais numerosos dos reis mouros de Sevilha Badajoz, Elvas, Évora e Beja. Mural de S. Pedro das Cabeças, recordada no Mural de S. Pedro das Cabeças. Batalha de Ourique que, pelo significado que encerra e pelas características simbólicas a que está associada, é a principal lenda épica da história portuguesa: a gesta de D. Afonso Henriques que, sob a proteção divina, dá corpo ao ato heroico e audaz de pelejar e derrotar o inimigo mourisco, lançado os alicerces que sustentam a identidade nacional.”

In Lés-a-Lés

Foto: Lés-a-Lés

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