Investigadoras da UÉ desenvolvem atividades para turmas do Ensino Básico, no âmbito da rúbrica “Uma Hora com Ciência”, inserida no Projeto Missão Ciência e Arte que, desde 2016, estimula o gosto pela Ciência e pelo conhecimento, através da divulgação da Ciência desenvolvida na Universidade de Évora.
“E se as nossas preferências alimentares se deverem à nossa saliva?” foi o tema que Elsa Lamy, Investigadora do MED, apresentou junto da turma de 4º ano da Escola Básica do 1º ciclo do Bairro da Senhora da Glória, no dia 25 de novembro.
Esta atividade, que transformou a sala de aula num laboratório científico, incidiu sobre tópicos como a dieta mediterrânica e a alimentação saudável, com o intuito de explicar as preferências alimentares e o porquê de algumas pessoas gostarem muito doces, enquanto outras preferem comer frutas e vegetais ou alimentos salgados.
Elsa Lamy, que estuda desde 2002 a bioquímica da saliva, explicou que “Uma das coisas em que somos diferentes é na forma como percebemos as características dos alimentos, quando estes estão na boca. (…) à semelhança da nossa altura ou da cor dos nossos olhos ou cabelos, o que está dentro da boca de cada um de nós não é igual”.
Por esta razão, as atividades realizadas no âmbito desta iniciativa passaram pela boca. Através do corante azul, os alunos puderam identificar as papilas gustativas e, com base num jogo lúdico, ficaram a conhecer melhor os 5 diferentes paladares- doce, azedo, salgado, amargo e umami- recebidos pelos recetores de sabor com a ajuda da saliva, um fluído com moléculas responsáveis.
Por sua vez, no dia 16 de dezembro, foi a vez das várias turmas Escola Básica do Bairro da Câmara, receberem Sara Albuquerque, Bióloga de formação, doutorada em História da Ciência e autora do conto “Frederico e a Planta Maravilhosa”, destinado a crianças entre os 6 e 10 anos.
O livro conta a história do encontro entre o naturalista Frederico Welwitsch e Tumboa, uma planta do deserto que ficou mais tarde conhecida como Welwitschia, em sua homenagem. Welwitschia mirabilis, nome adotado pela comunidade científica, é também chamada de polvo-do-deserto pela forma das suas duas únicas folhas de crescimento contínuo, podem alcançar os quatro metros.
Originária do deserto do Namibe em Angola, no Continente Africano, esta planta com características extraordinárias que sobrevive desde o tempo dos dinossauros, e que se adaptou a condições extremas é, a par com Frederico a protagonista desta história de amizade que foi apresentada a mais de 80 crianças.
A par com o “Workshop Fotovoltaico”, o “Cantos e encantos das aves Passeriformes” ou “Quem terá cometido o crime? Vem ajudar a descobrir!”, ambas as atividades estão incluídas no Programa da Edição de 2020/2021 do Projeto Missão Ciência e Arte, que pode ficar a conhecer detalhadamente aqui.