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Universidade de Évora quer ter licenciatura em engenharia aeroespacial já em 2022

A Universidade de Évora (UÉ) quer abrir, já no próximo ano letivo, uma licenciatura em engenharia aeroespacial para dar resposta à “procura muito grande” por este curso, assim como à necessária formação de quadros para as empresas da região.

“Este curso foi enviado à Agência” de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior e “espero que abra no próximo ano”, afirmou hoje a reitora da academia alentejana, Ana Costa Freitas, em declarações à agência Lusa.

Segundo a responsável, a proposta para a criação desta licenciatura na UÉ foi entregue à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior e a própria academia já fez “três ou quatro contratações para a preparação do curso”.

“É um curso que está a ser pensado, mais ou menos, desde 2014”, assinalou, indicando que a UÉ chegou a propor “um mestrado integrado” em engenharia aeroespacial, que “não foi aprovado”, por coincidir com o fim deste tipo de cursos.

Perante a recusa, sublinhou a reitora da UÉ, a academia optou por “repensar para dois ciclos” e, agora, quer abrir “só o primeiro ciclo no próximo ano” letivo e enviar para a agência a proposta de criação do segundo ciclo, em 2022.

“Este curso faz parte da estratégia da universidade” e integra uma das “quatro áreas ancora definidas” pela academia, observou, referindo que a sua criação contou com a “colaboração de alguns professores” do Instituto Superior Técnico.

Lembrando que o ‘cluster’ da Aeronáutica, Espaço e Defesa (AED) já está sediado em Évora, Ana Costa Freitas referiu que estas áreas são “uma aposta” da região, pelo que “a UÉ não se pode divorciar” desse objetivo.

“Achei que a UÉ tem que se envolver nisto”, para além de ser “uma boa aposta” para a academia, pois, apesar de o curso já existem noutras instituições de ensino superior do país, “há uma procura muito grande” e “é um curso de futuro”, salientou.

A reitora da academia notou que este curso vai juntar-se à formação do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), considerando que “as duas coisas ligadas” vão permitir criar mais “mão-de-obra” para as empresas localizadas no Alentejo.

“Há uma estratégia do Alentejo para fixar uma série de empresas neste triângulo, [constituído por] Évora, Ponte de Sor e Beja, e é importante que tenhamos a capacidade de instalar empresas” e também “fazer a formação de pessoas aos vários níveis”, disse.

Só no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora estão instaladas várias fábricas de empresas do setor, nomeadamente duas da construtora brasileira Embraer e uma do grupo francês Mecachrome.

Criado em 2016, o AED é uma associação sem fins lucrativos que junta mais de 90 entidades estabelecidas em Portugal, entre pequenas e médias empresas, organismos públicos, grande indústria e universidades.

O ‘cluster’ fatura 1,72 mil milhões de euros, dando ainda emprego a 18.500 pessoas, sendo que 87% é exportação.

Lusa

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