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Quinta-feira, Março 28, 2024

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Vigília de Professores-Borba:“Lutaremos para ser valorizados, pelo que é justo e nosso por direito” diz Prof. Marina Gonçalves(c/som e fotos)

Desde o passado mês de dezembro que os Professores têm estado em greve e com manifestações em todo o País. Reivindicam a reposição do tempo de serviço e sobretudo a valorização da carreira, em defesa da escola pública.

Esta noite, junto ao edifício da Câmara Municipal de Borba , decorreu uma vigília noturna pela Escola Pública.

Esta vigília, cuja organização foi da responsabilidade de um grupo de professoras locais, teve como objetivo reunir professores, encarregados de educação, alunos e outras entidades para informar sobre as preocupações dos docentes. Sob o lema “Quando o seu filho não tiver professores, lembre-se que estivemos aqui a lutar por ele” a vigília contou, não apenas com professores de Borba mas também Professores que exercem a sua profissão em outras localidades.

A Rádio Campanário esteve presente e falou com Marina Gonçalves, Professora de Primeiro ciclo e porta voz deste grupo, que sobre os objetivos da Vigília começou por nos referir “esta iniciativa surgiu de um grupo de professores para mostrarmos o porquê de haver tantas manifestações e de neste momento os professores ocuparem as notícias do dia” explicando “queremos mostrar, de nossa viva voz, aquilo quer reivindicamos.”

Nesta vigília participaram meia centena de pessoas, tal como refere “num momento de partilha das nossas preocupações” adiantando “explicámos aquilo que reivindicamos, nomeadamente no sistema de cotas para a avaliação, ao nível das avaliações, a injustiça de não ter vaga numa escola e ter que ir trabalhar muito longe da família.”

Marina Gonçalves, sobre o estado de espírito dos Professores, após as longas negociações que decorrem entre sindicatos e Ministério da Educação, refere “estamos cansados mas muito convictos do que queremos e do que é justo; não estamos a pedir que se faça um esforço para os Professores e não para as outras classes.”

A porta voz da organização realçou ainda “o que reivindicamos é nosso, já trabalhámos para isso” explicando que “tenho 39 anos e já tenho 23 contratos, tenho andado por muitos sítios e quero estabilidade assim como muitos colegas.”

Marina Gonçalves sublinha ainda a “falta de recursos na escola, de meios, muitas vezes o Professor tem que levar material de casa para poder trabalhar.”

Esta é uma luta para continuar , temos que ser valorizados pois corremos o risco de não ter Professores no futuro porque assim, ninguém o quer ser” concluiu.

 

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