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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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Assinados em Monforte 41 protocolos que permitem que “bombeiros voluntários sejam pagos como sendo profissionais”, diz presidente da Proteção Civil (c/som e fotos)

Decorreu esta quinta-feira (4 de abril), em Monforte, a Cerimónia de assinatura de 43 protocolos para a criação de Equipas de Intervenção Permanente (EIP), celebrados entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e as respetivas Câmaras Municipais e Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários (AHBV), na presença de Eduardo Cabrita, Ministro da Administração Interna.

Mourato Nunes, presidente da ANEPC, em declarações à RC, afirma que estes contratos representam “um salto qualitativo muito grande”.

Nos discursos de todos os intervenientes, aponta, ficou patente “a ligação profunda que tem que haver entre os municípios […], os bombeiros e a ANEPC”.

Protocolos permitem que Bombeiros Voluntários “sejam pagos como sendo profissionais que em permanência estão disponíveis”
Mourato Nunes

Estes protocolos, explica, traduzem-se na criação de equipas de 5 elementos, “o comandante e mais 4 elementos”, permitindo que estes, “sejam pagos como sendo profissionais que em permanência estão disponíveis”. Quando ao número de elementos, o dirigente afirma que “é o possível neste momento, é desejável que venha a aumentar”.

A criação das equipas obedece a parâmetros de necessidade e requer a disponibilidade das três partes envolvidas, uma vez que o pagamento é suportado em partes iguais pela ANEPC e pelo respetivo município da corporação.

Eduardo Cabrita, Ministro da Administração Interna, diz à RC que “84% das corporações do país passaram a dispor de equipas de intervenção permanente” com a celebração destes 41 protocolos.

“Estamos a estruturar uma parceria fundamental entre a responsabilidade do Estado e a responsabilidade das autarquias no apoio aos bombeiros”
Eduardo Cabrita

O governante que no seu discurso descreveu os bombeiros como a coluna vertebral da estrutura da Proteção Civil, aponta que estes “são a primeira resposta para a maioria das ocorrências”.

Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses afirma à RC que “é um momento extremamente importante e altamente positivo” de consolidação “de uma negociação de muitos meses”.

“Estamos a falar de cerca de 800 bombeiros profissionais nos corpos de bombeiros, em ano e meio”
Marta Soares

No espaço de um ano e meio foram criadas 160 equipas de intervenção permanente, “quando para instalar 165 andámos 18 anos”, aponta o dirigente, por isso é um balanço altamente positivo”.

Monforte foi um dos concelhos que viu a sua Equipa de Intervenção permanente ser croada na cerimónia. Em declarações à RC. Gonçalo Lagem, presidente da Câmara Municipal de Monforte aponta “a valorização inequívoca do bombeiro voluntário” patente na cerimónia.

O autarca afirma que “foi mais um momento histórico pela cerimónia em si”, que congregou “toda a estrutura da proteção civil em Monforte” assim como alguns governantes e autarcas.

“Temos que olhar para o bombeiro voluntário de uma forma diferente de uma vez por todas”
Gonçalo Lagem

Os bombeiros voluntários “são uns heróis, pagam muitas vezes com a própria vida”, e estes 160 protocolos assinados em ano e meio, demonstram que “o Governo percebeu que para aumentarmos a prontidão do socorro, temos que valorizar as pessoas”, conclui.

Rui Conchinha, comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Portalegre, aponta à RC que com a celebração destes protocolos, “Portalegre materializou mais 4 EIP em 4 corpos de bombeiros”.

“É sempre uma mais-valia indo ao encontro do objetivo de ter uma EIP em cada corpo de bombeiros”
Rui Conchinha

Na cerimónia foram assim constituídas as EIP de Avis, Crato, Gavião e Monforte. Nos 15 concelhos do distrito surgem agora apenas Elvas e Alter do Chão sem uma EIP, o que considera ser “um rácio já bastante satisfatório”.

Antecedendo a cerimónia, realizou-se uma Formatura de Guarda de Honra da Corporação dos Bombeiros Voluntários de Monforte. Na cerimónia estiveram ainda presentes José Artur Neves, secretário de Estado da Proteção Civil, Carlos Miguel, secretário de Estado das Autarquias Locais e Manuel Machado, presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses. 

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