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Associação Comercial do Distrito de Évora apresentou projeto Qualicompet. “É uma forma de partilhar experiencias”, diz António Melgão (c/som e fotos)

Foi apresentado esta quarta-feira, dia 28 de setembro, no Hotel M’ar de Ar Muralhas, em Évora, o projeto Qualicompet.

A sessão contou com apresentações do Presidente da Associação Comercial do Distrito de Évora (ACDE), António Melgão e da Secretária Geral da ACDE, Mariana Candeias.

Seguiu-se o painel “Inovação e qualificação como fatores de competitividade no comércio e serviços do distrito de Évora” em que foram oradores os Presidentes das Câmaras Municipais de Évora, Carlos Pinto de Sá, de Montemor-o-Novo, Hortênsia Menino, e de Reguengos de Monsaraz, José Calixto.

Para o final da tarde estava prevista a assinatura do protocolo entre a ACDE e a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, com a presença de António Ceia da Silva, que não se concretizou, devido a um imprevisto de ordem pessoal.

A Rádio Campanário esteve presente na apresentação do projeto Qualicompet e falou com o Presidente da ACDE, António Melgão, que depois de questionado sobre o projeto “Compro em Évora”, apresentado há cerca de um ano, referiu que é um projeto que se encontra “numa fase de implementação, teve alguns atrasos por questões de aprovação porque é um tipo de projeto muito especifico que tem a particularidade das empresas aderentes terem que pertencer a um eixo urbanístico, ou seja, nós escolhemos as ruas que se iriam inserir no projeto e só as empresas dessas ruas é que poderiam participar”.

Acrescenta que a candidatura foi feita, “o projeto foi para análise e nós tivemos mais pedidos de comerciantes de outras ruas que também queriam entrar, e então tivemos que pedir alteração e isso atrasou um pouco”.

Expressa que neste momento os trabalhos estão “no início, algumas empresas já estão a efetivar os processos do projeto a que se propuseram, e nós, enquanto associação, estamos também a avançar com alguns trabalhos que estavam inseridos no projeto na parte da cooperação”.

Relativamente ao projeto Qualicompet, António Melgão diz que este projeto não é apenas para os concelhos de Évora, Reguengos de Monsaraz, Estremoz e Montemor-o-Novo, mas sim “para todas as empresas do distrito que têm a possibilidade de se candidatarem ou de fazerem parte deste projeto”.

O presidente da Associação Comercial do Distrito de Évora salienta que era difícil “coordenar um projeto que passasse por todos os concelhos do distrito, e decidimos escolher quatro concelhos que, estrategicamente, estão colocados e que facilmente são acessíveis aos empresários dos outros concelhos e decidimos fazer a promoção nesses quatro concelhos do projeto, e fazer algumas ações, como workshops, mas que são direcionados para todos os concelhos do distrito”.

Questionado sobre as mais valias do projeto, explica que é um projeto que se divide em três áreas distintas, “a restauração, o comércio tradicional, nomeadamente na área do vitrinismo, marketing, e outro  na área do pronto a vestir”. O objetivo é que “as empresas aderentes tenham chefes de sucesso e que com essas empresas possam partilhar os fatores mais importantes no sucesso que obtiveram (…) é uma forma de partilhar experiencias”.

Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara Municipal de Évora, referiu que os municípios, no projeto, querem apenas ser parceiros da Associação Comercial, “o programa é da Associação Comercial, e é a Associação Comercial, em conjunto com a Entidade Regional de Turismo, que está a desenvolver o projeto, e naturalmente terá uma estratégia para chegar aos empresários. O que nós temos definido, é que da nossa parte, há colaboração, no sentido de perspetivar, não apenas na inovação, mas em muitos casos, a qualidade e a diversificação (…) e a perspetiva de futuro do negócio. Em muitos casos, muitas destas micro empresas familiares, têm que pensar qual vai ser o seu futuro, no sentido de poderem garantir a sua continuidade, e cá estamos para poder ajudar a esse nível, mas o incentivo, tem que partir de quem é proprietário das empresas com o apoio da Associação Comercial”.

À reportagem da Rádio Campanário o presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, declarou que “as preocupações do comércio tradicional são transversais a todos os concelhos, o que nós esperamos deste projeto em Reguengos de Monsaraz, é aquilo que os colegas e os comerciantes, e os agentes económicos dos outros concelhos esperam”.

No entanto o autarca considera que “por vezes a dificuldade, é passar à prática dos bons objetivos que este projeto tem, e que terá com certeza, o apoio do Município de Reguengos, e tentaremos envolver os agentes económicos”. Acrescenta que “a grande questão se coloca ao nível das mentalidades, ao nível da força que todos temos que fazer e da cooperação para ultrapassar barreiras que por vezes são sociológicas à introdução de novas tecnologias, de novos horários, a adaptação das próprias formas de exposição, do cuidado das montras, aquilo que são as necessidades, às vezes fabricadas pelas grandes superfícies, outras formas de comércio com mais poder, e que o comércio tradicional tem que saber combater”.

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