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Borba: com a nova ETAR “vai ser resolvido um problema de Rio de Moinhos que há 30 anos está em causa” (c/som e fotos)

Foi assinado esta segunda-feira, 25 de junho de 2018, o contrato para a construção da ETAR de Rio de Moinhos, no concelho de Borba. Um investimento de 1.114.368,32€ inicial, envolvendo a Câmara Municipal de Borba e a EPAL – Empresa Pública das Águas Livres, tendo sido adjudicado à ao grupo empresarial Espina & Delfín, S.L.. Prevista para uma população de 3.500 habitantes, esta obra vai fazer o tratamento das águas residuais provenientes de Rio de Moinhos, Barro Branco e Talisca, através de “lagunagem”, isto é, a construção de duas linhas de lagoas independentes.

Está também previsto um investimento de mais um milhão de euros para a construção de duas estações elevatórias e condutas entre cada sector, nomeadamente no Barro Branco no recinto da antiga ETAR de Rio de Moinhos.

Nas palavras do Presidente da Câmara Municipal de Borba, António Anselmo, “a obra vai ser feita e vai servir a população de Rio de Moinhos, que é o que nos importa a nós”, pelo que “servindo a população de Rio de Moinhos, naturalmente, serve o concelho e os borbenses”. Contudo, para se concretizar esta obra, foi necessário sensibilizar a indústria, nomeadamente a queijeira, sendo que “uns disseram que aceitavam a solução proposta” e outras “dizem que resolviam o problema por eles”, através de meios próprios. Pelo que “há um compromisso assumido de que, em termos práticos, irá ser colado na ETAR os afluentes de acordo com as taxas químicas que têm que ter”. Com esta solução, “vai ser resolvido um problema de Rio de Moinhos que há 30 anos está em causa”.

O Presidente Executivo do Conselho de Administração da EPAL – Empresa Pública das Águas Livres, Eng. José Sardinha, referiu que apesar de uma obra há muito esperada pelo concelho de Borba, “de facto o Sr. Presidente referiu-nos que isto era uma aspiração que tinha há mais de 30 anos”, mas onde “há uma conjugação de esforços”, para concretizar “um projeto relativamente complexo” que “envolve a Câmara Municipal, a Freguesia, mas também o tecido empresarial, nomeadamente os queijeiros”.

Além disso, “há duas características” que diferenciam esta ETAR a ser construída em S. Tiago de Rio de Moinhos. Primeiro, porque “há um conjunto significativo de afluentes industriais que têm que cumprir aquilo que são as condições das descargas estipuladas pela Câmara Municipal”. Isto porque “são afluentes muitíssimo carregados e que se chegarem a esta ETAR, que é uma ETAR urbana, prejudica o seu tratamento”. Nomeadamente as “queijarias” que “têm uma carga poluente relativamente elevada”.

Por outro lado, “a segunda característica que esta ETAR tem, que a torna também um pouco diferente” é o facto de ser “uma ETAR com consumos energéticos muitíssimo reduzidos” e daí “sustentável” e “projetada para o futuro”, que custará “um milhão de euros que está aqui previsto e que depois está previsto mais um milhão de euros em duas estações elevatórias a montante” e “cerca de um quilómetro e meio de condutas entre sectores”.

Por seu turno, o Administrador e Diretor de Operações da Espina & Delfín, Óscar Rodriguez, em declarações à Campanário referiu que depois da assinatura do contrato “temos dois meses aproximadamente para fazer o projeto construtivo”, pelo que “em setembro, se tudo correr bem, começaremos os trabalhos” e explicou que uma das particularidades desta ETAR se prende com o facto de ser uma “ETAR de macrófitas, com lagoas”, ou seja “tem uma tecnologia que permite um menor consumo energético”, prevendo-se a sua conclusão no “verão de 2019”.

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