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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Dia da celebração da fundação do Instituto da Padroeira de Portugal “será um marco na história de Vila Viçosa”, diz D. José Alves (c/som e fotos)

Instituído em Vila Viçosa a 1 de dezembro de 2017, o Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos de Mariologia (IPPEM), a sessão solene do dia da sua fundação, que contou com a presença da maioria dos seus associados fundadores, e personalidades e instituições parceiras, decorreu esta quinta-feira, no refeitório do Seminário Menor de S. José. Entre os presentes esteve o Arcebispo de Évora, D. José Alves, que considera esta celebração um marco para a região. Apesar de estar anunciada a presença do Presidente da República, segundo o que a Campanário pôde apurar, a sua vinda para presidir à cerimónia não chegou a ser confirmada pelo Gabinete da Presidência.

O Arcebispo de Évora, D. José Alves, em declarações à Campanário começou por declarar que “este dia será um marco na história de Vila Viçosa e também na história do Portugal Cristão e Mariano”, pois “a criação do IPPEM vai proporcionar, de hoje em diante, que se estude, de uma forma criteriosa, científica, metodológica, tudo quanto diz respeito à relação de Portugal com a padroeira”, e ao mesmo tempo, “que se aprofunde o sentido da devoção a N. Srª”.

D. José Alves, afirma ainda que em Portugal N. Srª sempre foi invocada como padroeira “porque vimos nela não apenas uma intercessora, mas alguém que nos conduz ao longo da história e que nos ensina a caminhar como cristãos”. Por isso, “esta dimensão, mais profunda, que se estuda naquilo que se chama a ‘mariologia’, que é a dimensão da teologia que se dedica a estudar o lugar de Maria na história da salvação, ela precisa muito de ser aprofundada para que a devoção dos portugueses não seja meramente superficial nem seja misturada com outras formas de ver a religião menos autênticas”.

Por seu turno, o presidente da direção do IPPEM, Carlos Filipe, diz que “os institutos são cobiçados, não só do ponto de vista da economia, mas sim por interesses também da ciência, hoje discute-se o lugar das coisas é porque há uma relação entre a cultura, entre a sociedade e a economia circular”, por isso “do ponto de vista do instituto ficar fixado em Vila Viçosa, tem todo o crédito do ponto de vista da sua história”, com a “ligação ao Santuário e à Padroeira”, assim como a “questão social”, podendo “vir a ajudar a nossa região, o nosso distrito, o nosso Alentejo”.

Contudo, estes “são projetos que levam o seu tempo”, e que “às vezes perdem-se no tempo”, e por isso “vamos caminhando sem um objetivo para amanhã”. Mas “agora vai ser um outro processo que se abre e que vamos lentamente construindo em prol da padroeira de Portugal”.

Ali presente, também em representação da Confraria de N. Srª da Conceição, o Reitor do Santuário de Vila Viçosa, Padre Francisco Couto, diz que este instituto vai (0’30) “levar longe o nome de N. Srª, o nome de Maria, em todos os seus quadrantes, quer seja teológico, quer seja espiritual, quer seja até mesmo cultural e fundacional”, uma vez que “está na raiz da fundação de Portugal”. Além disso, este projeto “procura de fato ajudar as pessoas a tomar um maior conhecimento de quem é a N. Srª Mãe de Jesus, mas também aquela que é a nossa padroeira” que “é só uma, apesar de ser invocada por tudo e por todos”.

Por outro lado, ao mesmo tempo, vai trazer mais visibilidade ao Santuário de N. Srª da Conceição em Vila Viçosa, tanto “cientificamente”, como “culturalmente e religiosamente”, esta iniciativa visa “envolver um pouco mais as universidades portuguesas neste trabalho”.  

Já a Diretora Regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, classificou esta celebração como “um momento que nós consideramos muito relevante e temos todo o gosto em estar aqui e estarmos associados a este projeto e fazermos parte das instituições parceiras” do IPPEM. Até porque, este “é um projeto importantíssimo para a região do Alentejo”, assim como “para o país” e “também para o património de influência cultural portuguesa no mundo, com o culto mariano”.

Pois este é “um culto que se faz e se pratica e muitos dos sítios onde Portugal tem influência histórica e ainda hoje continua a ter influência cultural”, em “mais de 20 países pelo mundo”. Desta forma, “este instituto, está sediado em Vila Viçosa e no Alentejo, mas tem um potencial que se abre para um mundo muito mais vasto e onde nós temos um papel”.

Também presente na cerimónia, o futuro Arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho, disse que a sua presença nesta celebração se deve também ao facto de ter sido “convidado a fazer parte dos sócios fundadores”, nesse sentido “sabendo que era hoje, dia 12 de julho, a cessão de celebração, procurei escolher esta semana para vir de Braga até Évora, para estar então com o Sr. Arcebispo D. José Alves” e ao mesmo tempo acompanhar este evento na qualidade de professor universitário e investigador teológico.

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