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Troço ferroviário Évora-Freixo “tem importância a nível nacional, ibérico e mesmo europeu”, diz vice-pres. da Infraestruturas de Portugal (c/som e fotos)

Tal como a Radio Campanário noticiou em primeira mão, esta segunda-feira (11 de fevereiro) em Redondo, decorreu a assinatura do contrato para construção do troço fevorriaviário Évora Norte-Freixo.

A sessão contou com a presença do Primeiro Ministro, António Costa e de  Pedro Marques, Ministro do Planeamento e das Infraestruturas.

O troço entre Évora Norte e Freixo (Redondo) da linha Sines-Caia, tem uma extensão de 20,5kms, e o concurso para a sua construção foi lançado com o valor base 65 milhões de euros.

Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, em declarações à RC, aponta que a construção de uma infraestrutura desta dimensão tem “sempre impactos locais”, tendo-se procurado “as melhores soluções” para os mitigar.

Sendo inevitável o atravessamento e inerente expropriação de terrenos […] que serão pagos a um valor justo”, o projeto contempla soluções de minimização dos impactos que passam por “um conjunto de passagens inferiores e superiores, passagens agrícolas”.

“Estamos a falar de um troço que tem importância quer a nível nacional, quer a nível ibérico, quer mesmo a nível europeu”
Carlos Fernandes

 

O dirigente aponta que “os benefícios globais deste projeto se sobrepõem muitas vezes” aos prejuízos que possam causar.

Para as próximas semanas, espera-se a adjudicação do “segundo troço entre Freixo e Alandroal e dentro de mês e meio, poderemos adjudicar o troço final entre Freixo e Elvas”, aponta. Nessa fase serão essencialmente construídas “plataformas, pontes e viadutos”.

Numa 4ª empreitada, será contruído “tudo aquilo que tem a ver com linha férrea” nos três troços referidos, prevendo-se que as empreitadas estejam “todas concluídas daqui a 2 anos e meio”. Nessa altura “já estará e curso a outra empreitada da superestrutura”, pelo que se prevê que “até 2022” toda a infraestrutura esteja a funcionar.

Pedro Carreira, representante da construtora SanJose, uma das empresas do consórcio, aponta em declarações à RC que se trata de um projeto que “envolve toda uma região, não é propriamente fazer uma obra num local”.

Apontando a complexidade da obra, afirma que será necessário “muito empenho, muita dedicação, tecnicamente um acompanhamento ao dia e ao minuto”.

Tecnologia portuguesa e know how espanhol “é uma mistura quase perfeita”
Pedro Carreira

 

O consórcio a quem foi adjudicada a obra, envolve duas empresas espanholas e uma portuguesas, sendo que questionado sobre esse facto diz que “acaba por ser um consórcio quase ibérico”. Este apresenta vantagens ao nível da tecnologia e profissionalismo portugueses, e “know how que Espanha tem” em matéria de ferrovia.

Roberto Grilo, presidente da CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional) do Alentejo aponta a linha como “uma mais-valia para a região, e para o país”.

“É a forma como o país se reencontra na sua ligação à Europa”
Roberto Grilo

 

Este projeto é “fundamental para valorizar os ativos e os portos da região”, contribuindo para transformar a projeção do Alentejo não só no país como a nível internacional

O presidente da Câmara Municipal de Redondo, disse à Campanário que “Espero que o impacto seja positivo não só para Redondo, mas para toda a região.” “Tenho a certeza que vai ser uma obra de extrema importância para o país, esta ligação entre os portos do sul de Portugal e a Europa é fundamental para alavancar a economia do país”.

O autarca disse ainda que “este é o nosso contributo, embora parta o concelho ao meio, espero eu que o impacto desta linha contribua fortemente para a economia do país e que traga também desenvolvimento a esta região do interior para podermos alavancar a nossa própria economia.”

“ já fazia falta uma linha ferroviária aqui em Redondo (…) mais ainda quando na sua apresentação ficou já uma segunda linha para o uso de passageiros anunciada”

António Recto

António Recto disse ainda que “eu quero acreditar que se vai concretizar e esta questão do cais de cargas e descargas na zona dos mármores é fundamental, não só para aquele setor mas para toda a região (…) não nos podemos esquecer que exportamos permanentemente vinho, azeite e outros produtos endógenos”.

Nuno Mocinha, presidente da Câmara Municipal de Elvas aponta este como um “dia muito mais importante do que se possa pensar”.

Com a assinatura do contrato, é materializada e vai para o terreno uma obra “de que muito se tem falado”, surgindo como um “sinal” de que vai avançar.

“É uma linha completamente nova, mas também completamente estruturante para o território”
Nuno Mocinha

 

Sendo uma infraestrutura importante para a economia da região, criando dinâmica e emprego, é vai também potenciar o movimento de mercadorias do Porto de Sines.

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