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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Vila Viçosa: Obras do Arquivo Musical do Museu-Biblioteca da FCB editadas em CD, apresentadas em concerto, na Capela do Paço Ducal (c/som e fotos)

Foram apresentadas no passado sábado, dia 1 de outubro, na Capela do Paço Ducal de Vila Viçosa, as obras do Arquivo Musical do Museu-Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança, cujo lançamento foi em CD, a que se seguiu um concerto pelo Coro Autêntico da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

No dia anterior, à noite, decorreu o Concerto “A Música na Casa Real”, com Rui de Luna, Pedro Vieira de Almeida, Pedro Santos e Fernando Júdice, na Capela do Paço Ducal de Vila Viçosa.

A Rádio Campanário esteve presente para reportar o evento, e falou com o presidente do Conselho de Administração da Fundação da Casa de Bragança, Alberto Ramalheira que salientou que “é um prazer e uma honra, por parte da Casa de Bragança, poder proporcionar à população todo este manancial musical, com obras que foram postas para serem aqui tocadas e cantadas nesta Capela, que é uma Capela que tem um grande sentido histórico e tudo isso para nós é uma grande responsabilidade, de podermos pôr à disposição das pessoas, o que de belo e bom, nós temos neste tesouro que vamos descobrindo e revelando”.

Questionado sobre se conhecia a riqueza musical da Fundação da Casa de Bragança, Alberto Ramalheira diz que “vamos a pouco e pouco descobrindo todos os tesouros que aqui estavam reservados e conservados e que nós queremos que sejam fruídos e beneficiados por todos, e podermos apreciar como foi importante a existência de toda uma Casa de Bragança, que ao longo dos séculos foi sabendo manter toda esta beleza e toda esta cultura que hoje temos, o prazer de saborear e de poder compartilhar, e nós sentirmo-nos mais felizes num mundo difícil, que cada vez mais nos surpreende, com mais problemas, e nós temos que ver estes espaços de liberdade de espirito e de prazer”.

Maria de Jesus Monge, Diretora do Museu-Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança declarou a esta Estação Emissora que a descoberta das obras, não é só mérito seu, porque se mérito tem, “é o de abrir as portas àqueles que têm vontade de vir aqui, e eles sim, estudarem e trazerem o seu conhecimento para este tipo de investigação, que são coisas longas, trabalhosas, e que raramente veem depois a luz do dia e sobretudo com o brilhantismo que nós tivemos aqui hoje”.

Maria de Jesus Monge expressa que estiveram presentes “22 jovens do Coro do Politécnico de Castelo Branco, que com o seu entusiasmo, prestaram um brilho a esta música que foi concebida para este espaço, e, apesar da Fundação ser detentora de um grande património monumental que é reconhecido por todos, normalmente é esquecida esta outra vertente que é fundamental para se ter uma perceção do que foi este todo, quando no século XVI e XVII, esta vila era um ponto de referência cultural em todo o país, e até mais do que em todo o país, e é esse trabalho que nós tentamos acarinhar e trazer ao público”.

Salienta que o concerto no dia anterior, dedicado à Rainha D. Amélia, “foi também todo ele inspirado em músicas de arquivo e também ele vai ser alvo de um CD e ter um estudo assinado pelo próprio cantor, que nas horas não tão vagas, é historiador de arte”.

A concluir, a Diretora do Museu-Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança deixou um convite à população para na próxima sexta-feira, assistirem “a um novo desafio” para assinalar o Dia dos Castelos, em que foi decidido “abrir o Castelo a toda a população escolar, mas também ao resto da população”, para assistirem na Caserna, à recriação “de peças do cancioneiro de Garcia de Resende, ligado à Universidade de Évora, que trará o melhor repertório, alegre, animado, do século XVI em Évora”.  

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