11.5 C
Vila Viçosa
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Um ano sem acidentes ao nível do transporte de doentes e do socorro às pessoas e mais apoios por “instituições e municípios que apoiam muito pouco as suas corporações”, são os desejos do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora (c/som)

As Associações de Bombeiros do Distrito de Évora continuaram ao longo de 2015 com grandes dificuldades económicas, e em algumas corporações, agravadas com a perda de ambulâncias, devido a acidentes, nomeadamente Estremoz, Montemor-o-Novo e Évora.

Em entrevista à Rádio Campanário, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora, Inácio Esperança considera que 2015 “foi mais um ano de crise, mais um ano de dificuldades, no qual as associações souberam, com os seus parceiros locais, equipar-se e tentar dar a volta à crise com imaginação”.

Inácio Esperança destaca que “pela primeira vez funcionamos num consórcio de 14 associações para concorrer a concursos públicos, que ganhámos, e estamos a prestar serviços, os 14 em conjunto, para o Hospital Distrital de Évora”, acrescentando, “durante este ano estivemos a cumprir em três contratos, doentes urgentes, não urgentes e as transferências inter Hospital de Évora, Espirito Santo e Patrocínio, tudo no valor de um milhão e duzentos mil euros que foi dividido por todas as associações do distrito”.

O presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora diz ainda que este concurso englobou também as Federações de Portalegre, Beja e Setúbal (…) fechamos o quadro do QREN que iniciou no Inalentejo (…) foi centralizado em Lisboa com a aquisição de viaturas para estes três distritos no valor de 8 milhões de euros, conseguimos viaturas e outro tipo de equipamento (…) estamos a preparar todas as candidaturas para o novo quadro comunitário 2020 (…) estamos a preparar candidaturas para obras em quarteis, para a aquisição de equipamentos, proteção individual e também algumas viaturas que ainda faltam”.

Questionado, Inácio Esperança refere que “os serviços não são suficientes para suportar todas as despesas, suportam uma parte da despesa porque nós somos associações voluntárias, no distrito não há profissionais (…) com os parceiros locais conseguimos resolver algumas questões, com os subsídios da Autoridade Nacional (…) conseguimos suportar uma outra parte e depois a parte do transporte de saúde, essa sim devia ser suportada integralmente pelos transportes, mas neste momento devido ao abaixamento do preço do quilómetro (…) quase que não dá para se suportar a si próprio muito menos para suportar as corporações de bombeiros, dá para manter alguns postos de trabalho essenciais para que depois no voluntariado, ao nível da proteção civil, as corporações possam ser operacionais”.

Relativamente ao valor pago por quilometro, Inácio Esperança diz que “a negociação nacional já faz pouco sentido porque existe um preço nacional que é negociado com a Liga de Bombeiros Nacional (…) mas depois a lei obriga a que os centros hospitalares (…) abram concursos públicos e esses concursos públicos ditam o preço máximo, o que quer dizer que toda a gente pode concorrer (…) e a concorrência é profícua nisso e alguns procuram baixar preços a todo o custo para ganhar concursos (…) empresas de Lisboa que vêm concorrer no nosso distrito e hoje o preço por quilómetro no Hospital de Évora está a rondar os 0,465 cêntimos (…)”.

Para 2016, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora deseja que “a nível de fogos e de acidentes, corresse no máximo como este ano, não houvesse mortes a nível nacional, não tivemos feridos no distrito, tivemos muitas saídas para o norte e para outros teatros de operações (…) espero que ao nível de incêndios seja um ano calmo (…) que seja um ano sem acidentes ao nível do transporte de doentes e do socorro às pessoas para que possamos tranquilamente ir reorganizando o nosso parque automóvel, que consigamos ganhar muitos concursos públicos ao nível do transporte de doentes para manter os postos de trabalho e que aquelas instituições e municípios que agora apoiam muito pouco as suas corporações, que o passem a fazer com maior frequência”.

Populares