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Embraer tem 23 milhões de euros da UE para investir em “novas tecnologias” (c/som e fotos)

Decorreu terça-feira, dia 20 de junho, a visita de membros da Comissão Europeia, à Embraer, em Évora, inserida na 8ª reunião da Comissão de Acompanhamento do Alentejo 2020. No evento, foi anunciada a disponibilização de cerca de 23 milhões do FEDER, para modernizar as instalações da fábrica da Embraer.

 Ao longo destes dias, a comissão visitará investimentos realizados no Alentejo, com fundos comunitários, analisando e vendo no terreno, os impactos dos mesmos.

No local, em declarações à RC, Rudolf Niessler, diretor da Direção-geral de Política Regional e Urbana da Comissão Europeia, após ter visitado a Barragem de Alqueva no dia anterior, afirmou ter visto realmente, a forma como o projeto “alterou grande parte do Alentejo, tornando-o numa área produtiva” e economicamente dinâmica.

Quarta-feira, dia em que visitaram a fábrica da Embraer, avança terem tido a notícia da aprovação “de um grande projeto de investimento”, surgindo a fábrica e os constantes investimentos na mesma, como uma expressão do desenvolvimento feito na região.

A Embraer, afirma, é “um projeto na área da alta tecnologia, […] numa região que ainda é considerada menos favorecida, comparada com outras regiões da Europa”.

Afirmando estar impressionado com os benefícios que a Embraer trouxe à economia de Évora e para a região, declara que a região e Portugal, no geral, proporcionam aos jovens várias possibilidades de acesso “a investigação a nível mundial”.

António Dieb, Presidente do Concelho Diretivo da Agência de Desenvolvimento e Coesão (ADC), fez um balanço à RC, destes três anos e meio de implementação do Portugal 2020.

Descrevendo a primeira parte como “centrada em organização de processos, regulamentos, definição de novos custeamentos” e a segunda, na “criação de oportunidade de investimento”, através da disponibilização e divulgação dos recursos, afirma agora que os “investimentos começam a ter concretização no terreno”.

O programa Portugal 2020, no Alentejo, apresenta uma taxa de execução de 14%, considerando “possível evidenciar aquilo que foram os resultados já atingidos pelo programa”.

O grande investimento nos fins múltiplos de Alqueva, assim como o investimento que está a ser feito na Embraer, por parte “da comissão europeia e dos recursos nacionais”, diz, têm um “impacto já visível” na economia.

Relativamente aos projetos no âmbito do programa, António Dieb afirma que cerca de 12 mil milhões de euros, “já estão comprometidos em termos de concursos abertos”, ou seja, metade “dos recursos disponibilizados pela união europeia” já se encontram comprometidos com investimentos públicos e privados.

Estes projetos visam “estimular aquilo que são dinâmicas de crescimento económico e de coesão territorial”.

João Pedro Taborda, Diretor de Relações Externas da Embraer, em declarações à RC, afirma que, o trabalho com a Comissão Europeia, “viabiliza fazermos coisas ambiciosas e inovadoras” na região.

Relativamente aos projetos da Embraer inerentes à EU, afirma haver “dois projetos de investimento”, duas fábricas. Uma representa um investimento de 63 milhões de euros, e a outra, de 30 milhões de euros, ambos os “contratos de investimento” com apoio da CE. Esse apoio vem sob a forma de empréstimo” que depois, em função dos objetivos que são alcançados, será parcialmente pago.

Para o projeto de 63 milhões, avança, foi aprovado um empréstimo de 23 milhões, que serão aplicados no desenvolvimento de partes do Embraer E2, sendo o fundo aplicado a “novas tecnologias na área da automação industrial”, “aplicação de automação e robótica, maquinação de alta precisão e de alta velocidade, e tratamento especial de peças únicas, complexas e especificas da aeronáutica”.

Estes novos projetos, apresentam contratação associada, juntando trabalhadores, aos cerca de 600 empregados da fábrica (442 empregados diretos).

Viabilizando “fornecermos este avião novo da Embraer”, afirma, estes novos investimentos trazem competências, em termos de novas tecnologias, de fabrico de peças grandes e complexas.

Não excluindo fornecer outras empresas, afirma que “a grande prioridade é exportar para a Embraer, para o Brasil, e reforçar o papel de Évora no grupo” através das suas competências exclusivas.

Roberto Grilo, Presidente da CCDRA, afirma que os membros da Comissão de Acolhimento

“ficaram impressionadíssimos com aquilo que são os impactos dos fundos estruturais no território, nos fundos de coesão nomeadamente”.

Considera ter sido “um dia muito feliz”, ao ter sido assinalado com mais uma aposta de fundos, para qualificação da empresa.

Estes investimentos, acredita, contribuem para “um Alentejo mais coeso, […] que se vai diferenciando”, sendo importante e necessário continuar a qualificar os recursos que cá temos, e assim conseguir atrair população, para “contrariar a tendência de despovoamento destes territórios”.

Declara que o programa Alentejo 2020, “seguramente vai no bom caminho”, tendo metas definidas que “são mais ambiciosas” que as obrigações de regulamentos comunitários, encontrando-se a meta anual comprida em 78%.

 

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