A Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção da Associação de Solidariedade Social Futuro de Garvão (ASSFG) encerrou, na passada semana, tendo os seus 28 utentes sido transferidos para outras unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados.
O encerramento deixou 40 trabalhadores desempregados e com salários em atraso, tendo Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) revelado que está a intervir no caso.
Inaugurado em dezembro de 2012, o edifício foi adquirido pela FSC em fevereiro de 2020, passando a ASSFG a pagar uma renda e a fazer apenas a gestão da unidade de cuidados continuados.
Contudo, a associação acabou por contrair uma dívida “de mais de 50 mil euros” à FSC por rendas em atraso, argumentou o médico Miguel Cardoso.
Além de não ter trabalhadores para continuar a assumir a gestão da valência de cuidados continuados, a FSC também detetou que o edifício carecia “de licenciamento” por parte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e que a farmácia da unidade “não estava licenciada” pelo INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.
O sócio-gerente da FSC disse ainda que a transferência dos 28 utentes para outras unidades de cuidados continuados “foi feita de forma programada” e com conhecimento das autoridades competentes e das respetivas famílias.
O edifício da unidade de cuidados continuados de Garvão vai, agora, ser alvo de obras de reabilitação, que deverão estar terminadas “até final de janeiro”, para que, após os necessários licenciamentos, o espaço possa ser transformado em lar.
O sócio-gerente da FSC adiantou à Lusa que o projeto prevê que a futura estrutura residencial para pessoas idosas (ERPI) tenha 34 vagas, a que se juntarão “mais 19 ou 20” num novo edifício, a construir até final deste ano.
O projeto representa um investimento “superior a 1,5 milhões de euros”, incluindo a aquisição do edifício e do terreno, estando prevista a criação de “40 postos de trabalho diretos”.
C/Lusa