39 alunos da Universidade de Évora (UE), em risco de abandonarem os estudos, vão beneficiar de bolsas, ainda este ano, que no total representam um investimento de 60 mil euros.
O Fundo de Apoio Social da Universidade de Évora (FASE–UÉ), criado em 2012 e que tem por objetivo apoiar situações de carência económica de emergência devido à crise, contou este ano com o contributo financeiro de oito mecenas, além de verbas da academia provenientes do aumento de propinas.
“O projeto foi iniciado depois de se verificar o crescente número de estudantes a abandonar a universidade ou a viverem com dificuldades”, explicou o pró-reitor da academia, João Nabais.
A medida, destinada a alunos que não recebem apoio de bolsas estatais, tem um conjunto de regras, entre as quais está ainda a impossibilidade de facultar o apoio a quem não obtenha um aproveitamento satisfatório nos estudos. Das 165 candidaturas, 39 foram aceites, sendo que os apoios variaram entre os 734 e os 1.578 euros, depois de calculadas as necessidade dos candidatos.
O apoio, contudo, prevê também uma participação ativa dos alunos: com o objetivo de formar cidadãos responsáveis, os alunos tiveram de efetuar 75 horas de trabalho de voluntariado, em instituições culturais e sociais ou em atividades de reconhecida relevância para a UÉ. Os beneficiários, disse João Nabais, comprometem-se ainda a “devolver para o fundo 50% do apoio que receberam, no prazo de três anos após conclusão do curso”.
A Universidade de Évora vai apresentar publicamente, dia 21 deste mês, o Relatório do FASE-UÉ relativo ao ano letivo 2012/2013. A iniciativa deverá ter continuidade no próximo ano letivo.