Na próxima segunda-feira, dia 1 de novembro, tem lugar na Universidade de Évora a habitual sessão solene que marca o início do ano letivo. A data, que representa um dos momentos mais relevantes do ano para a academia eborense, assinala a fundação da Universidade Jesuíta, em 1559.
À semelhança de anos anteriores, têm lugar os tradicionais discursos da Reitora, do Presidente do Conselho Geral, do Presidente da Associação Académica e representante do Funcionário Não Docente, cabendo este ano ao Professor Filipe Rocha da Silva a Lição inaugural. Durante a sessão vão ser ainda atribuídos prémios relativos a desempenhos académicos do ano transato, havendo ainda lugar para a imposição das insígnias doutorais aos mais recentes doutores. Após o encerramento da cerimónia, que termina com o Cortejo Académico, é tempo para a atuação de Grupos Académicos no Claustro do Colégio.
As comemorações prolongam-se até ao final do dia, terminando com um concerto pela Orquestra Clássica da UÉ, pelas 16h30, no Auditório do Colégio do Espírito Santo.
A Universidade de Évora foi a segunda universidade a ser fundada em Portugal. Metrópole eclesiástica e residência temporária da Corte, Évora surgiu desde logo como a cidade mais indicada. Ainda que a ideia original de criação da segunda universidade do Reino tenha pertencido a D. João III, coube ao Cardeal D. Henrique a sua concretização.
Interessado nas questões de ensino, começou por fundar o Colégio do Espírito Santo, confiando-o à então recentemente fundada Companhia de Jesus. Ainda as obras do edifício decorriam e já o Cardeal solicitava de Roma a transformação do Colégio em Universidade plena. Com a anuência do Papa Paulo IV, expressa na bula Cum a nobis de abril de 1559, foi criada a nova Universidade, com direito a lecionar todas as matérias, exceto Medicina, Direito Civil e a parte contenciosa do Direito Canónico.