A reitora da Universidade de Évora (UÉ) alertou que “o único problema grave” na instituição é o do alojamento para estudantes, em que o Governo prometeu “uma verba” para obras em residências, mas onde “nada acontece”.
Segundo notícia avançada pelo Notícias ao Minuto, a reitora da Ana Costa Freitas referiu “O único problema grave que nós temos é e continua a ser o alojamento”, porque “tem sido uma preocupação imensa” e “nada acontece”.
À margem da cerimónia de receção aos novos alunos a reitora assinalou que o Governo diz, “há muito tempo”, que a universidade alentejana vai “ter uma verba para as obras em residências”, só que “ainda não foi aberto o aviso” de concurso.
“Parece que vai ser agora [aberto], no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, acrescentou.
Ana Costa Freitas esclarece também que já deram entrada no Município de Évora “muitas coisas” relacionadas com alojamento estudantil, as quais “ainda não foram licenciadas”, por “culpa da empresa promotora, culpa da câmara”.
“Enfim, estamos há três anos à espera e realmente este ano é um bocado complicado”, porque o ano letivo arranca “com cerca de 80 vagas em camas”, mas a UÉ já tem mais de 1.200 novos alunos, frisou.
Carlos Pinto de Sá, Presidente da Autarquia Eborense, à margem da referida cerimónia, destacou o “esforço” que a autarquia está a desenvolver, nomeadamente em conjunto com a UÉ, para “poder corresponder a algumas iniciativas” da instituição nesta área enquanto a empresa municipal Habévora foi preparada para “poder começar a fazer alguma oferta, não muito significativa, mas, ainda assim, alguma oferta de camas para estudantes”.
“E estamos negociar investimento significativos nesta área em Évora, que espero possam ser anunciados muito em breve”, acrescentou o autarca.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, também presente nesta iniciativa, reconheceu que as questões ligadas ao alojamento estudantil exigem “um esforço coletivo”.
“Temos hoje um observatório do alojamento onde sabemos, em todas as ruas do país, os quartos disponíveis e, agora, no PRR temos finalmente um pacote financeiro de 375 milhões de euros para criar, até 2026, mais 15.000 camas a preços regulados em Portugal”, assinalou.
Fonte: Notícias ao Minuto