Várias dezenas de estudantes da Universidade de Évora protestaram, esta quinta-feira (20 de setembro), em frente aos Paços do Concelho, contra falta de quartos e aumento das rendas. Na sequência, os académicos foram recebidos pelo presidente do município, Carlos Pinto de Sá (CDU), a quem entregaram um manifesto.
Convocados pela Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE), através das redes sociais, os estudantes afirmam que querem “fazer uma tomada de posição” para que “haja uma maior sensibilização por parte dos órgãos competentes para intervir nesta área”, disse À Lusa o vice-presidente da AAUE Miguel Luís.
Segundo o dirigente estudantil a redução de quartos está refletida na lista de alojamentos que a Associação faz todos os anos, uma vez que no ano anterior a lista tinha “quatro ou cinco folhas” e, agora, não foi além de “19 casas”, precisou.
Já na parte das residências, “não são suficientes para dar resposta a todas as necessidades”, sublinhou Miguel Luís, indicando que as cerca 500 camas em residências “nem chegam a 10 por cento” do número total de alunos.
Nesse sentido, o académico defende que a dificuldade em encontrar alojamento estudantil em Évora “faz com que seja necessário não só uma intervenção direta e rápida, que a universidade já está a procurar fazer”, mas também “um plano a longo prazo”.
Também ao mesmo órgão de comunicação social, depois de ter recebido os estudantes, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, disse estar solidário com a luta dos estudantes, por terem “têm toda a razão”, mas frisou que “as autarquias não dispõem de instrumentos que possam intervir de forma eficaz”.
Recorde-se que, tal como a Campanário havia noticiado, o valor das rendas, que regista um montante praticamente duplicado quando comparado com anos anteriores, e a fraca quantidade de alojamento têm dificultado a procura de quartos para estudantes