Há utentes da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) que esperam um ano para ter uma cirurgia de especialidade, revela a comissão de utentes da região. Em média, o tempo de espera nesta unidade hospitalar assenta nos sete meses,aponta o Correio da Manhã.
“Não é aceitável só ter um médico cardiologista para 100 mil utentes e apenas uma vez por semana, já que o especialista vem de Lisboa. Não é também normal só ter um urologista para toda a população”, refere a comissão de utentes representada por Mariano Paixão.
Além da falta de médicos destas especialidades, também a escassez de médicos de família nesta região contribui para a “rutura” dos recursos de saúde. Os utentes da Extensão de Saúde de Canal Caveira, em Grândola, não têm médico de família há três meses.
“O suposto era o médico deslocar-se, no mínimo, uma vez por semana às instalações, mas há seis meses que nenhum aparece”, denuncia Mariano, acrescentando que com o próprio “fecho do serviço de Urgência básica de Grândola, a população não tem soluções”.
A unidade de saúde esclarece que há 4423 utentes a aguardar consultas e que o tempo médio de espera é de 86 dias. Quanto à realização de cirurgias, aguardam 1192 doentes.
Com base nestas condições, a comissão de utentes está a fazer um abaixo-assinado, o qual vai ser entregue ao hospital do Litoral Alentejano e ao Ministério da Saúde.
C/Saúde online/CM