A empresa Extraolis – Oils 4 The Future, de Vendas Novas, veio a público esta quinta-feira, comunicar que apesar da Providência Cautelar, emitida pelo Tribunal de Beja na sequência da Câmara Municipal de Vendas Novas ter encerrado o coletor de esgoto da unidade fabril, ter determinado a sua reabertura, decidiu continuar a não emitir efluente tratado da fábrica para o referido coletor até que sejam terminadas as auditorias em curso, e sejam definitivamente aferidas boas práticas ambientais.
Em comunicado, Pedro Silva, Administrador da Empresa, salienta que “o mais importante, é resolver todos os problemas que possam ser vir a ser identificados, no sentido de preservar a qualidade e a sustentabilidade da vida da comunidade onde a unidade está inserida”.
“Iniciamos, em parceria com a Câmara Municipal de Vendas Novas e com a comissão da auditoria, um conjunto de reuniões para que sejam encontradas soluções técnicas para os problemas que se possam levantar”, afirma Pedro Silva, assegurando que a empresa sempre agiu de boa fé e assim se vai manter, com diálogo e trabalhando em conjunto com todas as entidades envolvidas no processo.
Para o administrador da empresa, Pedro Silva, “o mais importante, é resolver todos os problemas que possam ser vir a ser identificados, no sentido de preservar a qualidade e a sustentabilidade da vida da comunidade onde a unidade está inserida.
“Esperamos poder vir a aferir e implementar um sistema que resolva, de uma vez por todas, as questões que se têm levantado, ainda antes de qualquer decisão judicial. Pois faz parte da nossa política de responsabilidade social zelar pelo bem-estar do concelho onde decidimos implementar uma unidade que tem no ADN a sustentabilidade ambiental, económica e social”, conclui Pedro Silva
Recorde-se que em Reunião de Câmara de Vendas Novas realizada no passado dia 2 de setembro, foi aprovado por unanimidade a suspensão das descargas da Extraoils, através do encerramento do coletor de esgoto que serve a empresa, suspensão essa que duraria “até que se mostre provado, de forma inequívoca e permanente, através da realização de uma auditoria, que todas as questões que colocam em causa a qualidade ambiental local sejam resolvidas, de acordo com a legislação aplicável”.
Face a esta situação, a empresa Extraoils interpôs no Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja uma providência cautelar contra o Município de Vendas Novas que fez com que a autarquia fosse obrigada, no imediato, a reabrir o coletor de esgoto que serve as instalações da empresa. A autarquia já tinha mostrado o desagrado com esta decisão e que ia opõe-se ao despacho do Tribunal de Beja, que a obrigou a reabrir coletor de esgoto da Extraoils, por considerar que a decisão é gravemente prejudicial e lesiva do interesse público.
Já esta quarta-feira, o Município de Vendas Novas informou que que entregou no Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, os fundamentos legais para oposição à providência cautelar instaurada pela firma Extraoils, 4 The Future, Lda, a qual fez com que a autarquia fosse obrigada a reabrir o coletor de esgoto que serve as instalações da empresa.