O orçamento municipal para 2021 já está a ser elaborado em todo o país nas diferentes autarquias. A Câmara Municipal de Alandroal também já tem o seu e o presidente do município conta à RC o que este pode trazer para o próximo ano.
O presidente do município do Alandroal revela que “até ao final do ano contamos terminar o concurso público da obra da fortaleza de Juromenha”. Para além deste, a autarquia está a “contar lançar a primeira fase da recuperação da Capela da Boa Nova em Terena” e ainda “pequenas obras” como arranjos de caminhos e “os postos médicas de Hortinhas e Orvalhos”.
João Grilo reforça que, apesar da pandemia, “temos de ir pensando no futuro e temos que ir lançando os investimentos cujos financiamentos estão assegurados, até por uma questão de cumprimento das metas perante Fundos Comunitários e para que possamos aspirar a novos financiamentos futuros e o nosso objetivo surge focado na componente de investimento no território que tem de continuar a acompanhar o investimento privado que está a acontecer”.
No entanto, conta que se vivem algumas dificuldades “sobretudo com a adjudicação de obras” e “alguns concursos que ficaram desertos e que temos de lançar novamente” e por isso houve pequenos atrasos.
Sobre estes concursos que ficaram desertos, enumera alguns, como a “quarta fase da melhoria da mobilidade urbana no concelho de Alandroal que ficou deserto, já lançámos o centro comunitário ou a biblioteca que também ficaram desertos. Lançámos os centros de acolhimento ao visitante de Terena e Juromenha que ficaram desertos”. Assim, a edilidade está a “reformular os projetos e os orçamentos e a lançar novamente esses concursos”, que acontecerá até ao final do ano.
Apesar destes constrangimentos o presidente alandroalense refere que “vamos ter um 2021 com mais possibilidades e com mais coisas a acontecer e é esta a única preocupação que temos”.
O município do Alandroal é um dos mais endividados do país e por isso estes concursos e melhorias têm de ser sempre pensadas com todas as cautelas. Questionado sobre como se faz esta gestão financeira o presidente explica que existe um “compromisso muito pesado todos os anos para atingirmos o equilíbrio financeiro que ultrapassa um milhão de euros” entregues ao FAM. Porém, este ano, devido à pandemia, “não vamos ter que fazer essa entrega, está suspenso, mas no próximo ano sabemos que teremos de o fazer”.
Assim, o que tem sido feito “é tentar obter financiamentos comunitários e complementar com financiamento EQBEI [Empréstimo Quadro do Banco Europeu de Investimento] que como se sabe só foi aprovado pela Assembleia Municipal para a obra de Juromenha”. Houve uma tentativa para que fosse aprovado para outras obras, mas “a Assembleia Municipal não aprovou”.
Mesmo assim continuam a existir “financiamentos assegurados, tentamos que sejam financiados com o máximo de comparticipação e vamos reservar verba do orçamento para fazer face à contrapartida nacional”.