De acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se, para as próximas 48 horas, precipitação, por vezes forte, vento e queda de neve.
Assim, a Proteção Civil, em comunicado enviado à nossa redação, refere que é esperada:
– Precipitação persistente, por vezes forte, em todo o território continental, a partir da madrugada de amanhã, 30 de novembro, com especial relevo para a acumulação de precipitação numa hora (20 mm) a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela;
– Possibilidade de trovoadas na região Sul;
– Aguaceiros de neve no extremo Norte e nos pontos mais elevados da Serra da Estrela, acima da cota dos 1400/1500 m;
– Vento até 30 km/h com rajadas até 70 Km/h nas terras altas e no litoral a sul do Cabo Carvoeiro.
Face ás previsões, a Proteção Civil alerta que podem ocorrer:
− inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos
sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
− cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
− instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros)
motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na
sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
− piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou
neve;
− arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou
deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em
circulação ou transeuntes na via pública;
− Desconforto térmico na população pela conjugação da temperatura mínima baixa e do vento.
- MEDIDAS PREVENTIVAS
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes
efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em
particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas
preventivas para estas situações, nomeadamente:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
− Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas, evitando a circulação e permanência nestes locais; - − Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
- − Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- − Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.