Tal como a Rádio Campanário noticiou no passado dia 27 em nota enviada à redação da Rádio Campanário pelo Municipio de Vendas Novas, a autarquia informou que “o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja proferiu sentença dando razão ao Município de Vendas Novas e o coletor de esgoto que serve a Extraoils, 4 The Future, Lda”, tendo sido o mesmo, conforme informação da autarquia, “novamente encerrado hoje, dia 27 de novembro, para evitar definitivamente que a empresa envie efluentes para a rede pública.”
No Passado dia 28, a Rádio Campanário emitiu uma segunda informação sobre o assunto, sob o título “Tribunal Suporta Câmara de Vendas Novas e Encerra Empresa Extraoils por Perigo Ambiental”.
O Gabinete de Comunicação da Empresa Extraoils 4 The Future enviou entretanto, no passado dia 28, para a redação da Rádio Campanário, um comunicado de imprensa esclarecendo a posição da Empresa face à informação vinculada pelo Município de Vendas Novas e ao mesmo tempo, dando conta de que a empresa não se encontra encerrada, motivo pelo qual o título da notícia avançada pela Rádio Campanário em 28 de novembro, se encontra incorreto.
Assim, ao abrigo da Lei da Imprensa, transcrevemos na íntegra o comunicado de imprensa enviado pela empresa para a redação da Rádio Campanário:
“Extraoils 4 The Future não lança efluentes para a ETAR deste 2 de setembro
Desde a tomada de decisão da Câmara Municipal de Vendas de encerrar o coletor da nossa unidade fabril, datada de 2 de setembro, que esta empresa não emite nenhum efluente na ETAR do Parque Industrial de Vendas Novas.
Mesmo apesar de o Tribunal de Beja ter determinado a abertura do mesmo coletor, na sequência da providência cautelar apresentada pela Extraoils – Oils 4 The Future, decidimos, dando conhecimento através de comunicado de imprensa, continuar a não emitir qualquer efluente tratado da fábrica.
Neste entretanto, o advogado e um consultor da empresa reuniram-se com o responsável jurídico e o engenheiro chefe do município, tendo as duas partes acordado dar continuidade a uma auditoria que estava previamente estabelecida e que continua em curso, tendo já havido visitas alargadas à unidade fabril.
Esta auditoria destina-se a avaliar o sistema de tratamento de águas da fábrica e a corrigir eventuais deficiências para evitar problemas na rede pública de esgotos. Na sequência de todo este processo foi elaborado entre as duas partes um projeto de acordo que aguarda a assinatura do senhor Presidente da Câmara de Vendas Novas.
Posteriormente, os juristas da Câmara Municipal de Vendas Novas e da Extraoils – Oils 4 The Future acertaram a intenção de comunicar ao Tribunal de Beja a celebração do acordo, situação que passados quase dois meses não foi ainda possível concretizar devido à falta de anuência do senhor Presidente. Em face deste impasse, e segundo um comunicado da autarquia, o Tribunal de Beja acabou por proferir a decisão de voltar a encerrar o coletor.
Com este desfecho, apesar da unidade fabril estar sem emitir qualquer efluente para a rede pública de esgotos, de ter sido concretizado um acordo e de estar a decorrer a auditoria independente sob a alçada da Câmara Municipal de Vendas Novas, o senhor presidente da Câmara decidiu, hoje, pelas 17h00, encerrar de novo o coletor, impedindo, inclusive, a utilização das casas de banho da fábrica e da empresa.
Trata-se de uma lamentável ação do responsável autárquico, que tem revelado uma atitude de perseguição a esta empresa, ao arrepio de todas as iniciativas que têm vindo a ser tomada no sentido de resolução do problema em termos definitivos.
Ocorre sublinhar que na sequência deste já longo período, há queixas de que os alegados maus cheiros continuam a verificar-se, o que pode indiciar, como sempre suspeitámos, que haverá no Parque Industrial de Vendas Novas outras fontes de poluição, e uma ETAR que não estará a funcionar de forma adequada.
Para a Extraoils – 4 The Future, o mais importante é resolver todos os problemas no sentido de preservar a qualidade e a sustentabilidade da vida da comunidade onde a nossa unidade fabril está instalada.
Muito gostaríamos que a Câmara Municipal, na pessoa do seu presidente, tivesse os mesmos objetivos, e não uma atitude persecutória, alimentando as redes sociais com ofensivas insanas, recusando o diálogo franco com uma empresa que honra o concelho dentro e fora do país, que dá emprego, que paga impostos e que tem sido prejudicada junto dos seus clientes e fornecedores, além das pesadas custas municipais com que o Câmara Municipal a tem castigado.
Finalmente, tem esta empresa optado por trabalhar para a solução sem entrar nestes ruídos falaciosos que só entendemos devido à proximidade das eleições autárquicas. Torna-se por isso imperioso que a população de Vendas Novas, avalie o contraditório e saiba tirar as devidas ilações.”