A Associação Eborae Mvsica realiza, em Julho, o XX Ciclo de Concertos “Música e outras Artes nos Claustros uma atividade marcada pela originalidade dado que o seu objetivo é articular a música com diferentes formas de expressão artística, com qualidade artística e relevância cultural.
O ciclo prossegue no dia 13 com “Veneza e os Limites da Moralidade” por “Os Músicos do Tejo” sob a direção deMarcos Magalhães.
Programa: Alessandro Stradella (1639-1682):Sopr’ una eccelsa Torre – Il Nerone*; Claudio Monteverdi (1567-1643): Chi vuol che m’innamori; Ogni amante e guerrier; Anónimo: Siciliana a tre*; Claudio Monteverdi (1567-1643): Ardo e scoprir, ahi lasso, io non ardisco; Cipriano de Rore (1515/6-1565): O morte, eterno fin; ClaudioMonteverdi (1567-1643): Gira il nemico, insidioso Amore; Didier Lupi Secondo (c.1520-post 1559): Susaneun jour; Claudio Monteverdi (1567-1643): Pur ti miro; Cipriano de Rore (1515/6-1565): Da le belle contraded’oriente *. Obras das quais serão lidos excertos:Arcangela Taraboti (1604-1652): Tirania paterna; Antonio Rocco (1586-1653): L’Alcibiade fanciullo a scola; Ferrante Palavicinno (1615-1644): La Retorica della Putanne; Il Divortio celeste;La Susanna.
Os Músicos do Tejo: Projeto musical no campo da música antiga, fundado em 2005 e dirigido por Marcos Magalhães e Marta Araújo. Na sua existência, Os Músicos do Tejo já desenvolveram uma parceria com o CCB que os levou produzir cinco óperas, editaram quatro
discos, apresentaram- se em inúmeros concertos em Portugal e no estrangeiro e foram objeto de diversos apoios institucionais. As óperas estreadas no CCB (LaSpinalba e Il Trionfo d’ Amore, Lo Frate ́nnamorato, LeCarnaval et la Folie, e Paride ed Elena) foram recebidas com grande êxito junto do público e da críticaespecializada. Os Músicos do Tejo apresentaram-se emconcerto em locais tão variados como Mafra, Vigo, Brest, Paris, Goa, Índia,
Sastmala, Finlândia e Praga. Recentemente, Os Músicos do Tejo obtiveram grande sucesso no festival de Herne,num concerto com a participação de Joana Seara e João Fernandes que teve
transmissão direta na rádio clássica alemã WDR3.
No dia 14 de julho, “Infinitu”: ao longo deste concertoserá pintado um quadro por Bruno Gaspar (artista plástico) ao som das flautas tocadas por António Carrilho.
Programa: Giovanni Bassano (1561-1617) – Recercataquinta; Astor Piazzolla (1921-1992) – Tango; Ernst Krähmer (1795-1837) – Poutpourri; Daniel Schvetz (1955) – 3 motivos; J. S. Bach (1685-1750) – Suite ; Karen van Steenhoven (1958) – Glass; Claude Debussy (1862-1918)-Syrinx; Aurelio Virgiliano (século XVII) – Recercataprima; J. J. Quantz (1697-1733) – Suite; Kees Boeke(1950) – Lacrime.
António Carrilho divide a sua actividade musical entre a flauta de bisel e a direcção, abrangendo um repertório que vai desde o Trecento italiano até à música mais recente dos nossos dias sem deixar, no entanto, de interpretar e transcrever a música do século XIX.
Foi solista com as orquestras Gulbenkian; Sinfónica Portuguesa; Metropolitana de Lisboa; Orchestrutopica; Den Norsk Katedralenensemblet (Noruega); Sinfonietta de Lisboa; Divino Sospiro; Os Músicos do Tejo; Orquestra Barroca de Haifa (Israel); Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim; Orquestra Barroca de Nagoya (Japão); Orquestra de Cascais e Oeiras, Concerto Balabile (Holanda); Orquestra de Câmara da Madeira; Orquestra Barroca do Amazonas (Brasil) e premiado nos Concursos Internacionais Recorder Moeck Solo Competition (Inglaterra), assim como Recorder Solo Competiton of Haifa (Israel).
É director musical e solista de La Paix du Parnasse – membro da associação” Grupos Españoles de Música Antiga” e faz parte dos agrupamentos Syrinx : XXII – membro da associação “Chamber Music America”; Syrinxello; BorealisEnsemble; Os Músicos do Tejo e director musical de MelleoHarmonia Antigua, apresentando-se em importantes festivais na Europa, América e Ásia. Gravou para as etiquetas: Encherialis; Numérica; Naxos; Secretaria de Estado de Cultura do Estado do Amazonas; DGartes/ MPMP; portugaler; dialogos; Arte France/ RTP.
Ministra Masterclass nos Cursos Internacionais de Música Antiga de Urbino em Itália; Lisbon’s Masterclass e nos Cursos Internacionais de Música de Mateus (direcção pedagógica) em Portugal, tendo orientado cursos e estágios em países como Portugal, Holanda, Espanha, Alemanha, Itália, Índia, Japão e Brasil. É
Professor Adjunto na ESART – Escola Superior de Artes Aplicadas -, leccionando Flauta de bisel e Música de Câmara (coordenador da disciplina). É igualmente professor na Escuela Superior de Música de Extremadura, em Espanha.
Bruno Gaspar nasceu em França (Paris),em 1979, mas é português.
Licenciou-se em História da Arte, na Universidade Nova de Lisboa.
Formado em cinema de animação em papel e volumes, na Fundação Calouste Gulbenkian.
Desde os 15 anos que participa em diferentes projectosartísticos: cinema de animação, fotografia, design, publicidade e marketing ,ilustração, escultura e artes plásticas. Foi finalista do Prémio de Imprensa Stuart Carvalhais ( 2008/2009). Venceu o Prémio Maria Alberta Menéres 2011 e em 2017, o segundo prémio de Artes Plásticas (25 de Abril- Casa de Portugal) em Macau.
O ciclo prossegue no dia 19 “Ópera e Musicais”, dia 20“Music’Alta” – Danças da Renascença com direção de João Mateus ,dia 27 “Paralelismos” com Sandra Medeiros (soprano) Catarina Costa e Silva (bailarina) e a Orquestra Barroca de Mateus dirigida por Ricardo Bernardes ; no dia 28 – Concerto Poético “D.Maria II- Viagens Breves” por Patrizia Giliberti (piano) e Manuel Coelho (ator).
Durante o ciclo de Concertos estará patente ao público uma Exposição de Fotografia e Som “Claustrofonia”, de António Carrapato e com som (gravação e sonoplastia) de João Bacelar. Exposição sobre o tema do ciclo, onde são apresentadas vinte fotografias de vários claustros de Évora, tendo cada uma o ambiente sonoro em que foi feita. (A exposição pode ser visitada das 9h00 às 12h30, das 14h00 às 18h00, de segunda a sexta e das 21h30 às 23h00 nos dias de espetáculos).