No Alentejo, o verão é uma época crucial para a colheita de várias ervas aromáticas, aproveitando-se o clima quente e seco que favorece tanto o crescimento das plantas quanto a sua subsequente secagem natural. Entre as ervas colhidas durante este período destacam-se o alecrim, a hortelã-pimenta, o tomilho, a lúcia-lima e a alfazema, cada uma com características distintas que as tornam valiosas tanto na culinária quanto na medicina natural.
Alecrim: Esta planta, conhecida pelo seu aroma intenso e propriedades antioxidantes, é colhida no seu pico durante o verão, quando os seus óleos essenciais estão mais concentrados. Após a colheita, o alecrim é secado ao sol, o que intensifica ainda mais o seu aroma e sabor.
Hortelã-pimenta: Famosa pelas suas propriedades refrescantes e digestivas, a hortelã-pimenta é outra erva que beneficia do clima quente para o seu desenvolvimento pleno. A colheita durante o verão assegura folhas ricas em mentol, que depois de secas mantêm a sua frescura e eficácia por longos períodos.
Tomilho: Esta erva, amplamente utilizada tanto na cozinha quanto na medicina tradicional, é colhida no auge do verão. O tomilho prospera em condições quentes e secas, o que permite que os seus compostos voláteis, como o timol, alcancem concentrações ideais. A secagem natural preserva estes compostos, garantindo que o tomilho retém o seu sabor e propriedades antibacterianas.
Lúcia-lima: Também conhecida como erva-cidreira, a lúcia-lima é valorizada pelo seu aroma cítrico e efeitos calmantes. Durante o verão, as folhas são colhidas e secadas, um processo que ajuda a manter os seus óleos essenciais intactos, fazendo desta erva uma escolha popular para chás e infusões.
Alfazema: A alfazema, ou lavanda, é colhida principalmente pelo seu perfume e pelas suas propriedades relaxantes. No calor do verão, as flores de alfazema atingem o pico da sua fragrância, e a secagem natural ao sol preserva este aroma por muito tempo, tornando-a ideal para uso em aromaterapia e produtos de bem-estar.
Cada uma dessas ervas passa por um processo cuidadoso de colheita e secagem, onde o calor do verão alentejano desempenha um papel vital. As plantas são colhidas manualmente, selecionando-se as partes mais ricas em óleos essenciais. Em seguida, são dispostas em camadas finas para secagem ao ar livre, um método que assegura a preservação dos seus compostos voláteis e potenciais terapêuticos. Após a secagem, são armazenadas em condições ideais, protegidas da humidade e da luz, garantindo que mantenham a sua frescura e eficácia durante pelo menos dois anos.
