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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Vereador e deputado do MUC agridem-se com “socos” após Assembleia Municipal de Vila Viçosa (c/som)

Após a sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Vila Viçosa, da passada quarta-feira, dia 12 de setembro, o vereador e o deputado do MUC, António Jardim e Francisco Carvalho, ter-se-ão envolvido em agressões físicas. Na origem desta rixa estará a visão política do dirigente do MUC na vereação do executivo, que desagrada ao deputado municipal, conforme as declarações do mesmo à Campanário, que não se coibiu em expressar a sua versão dos factos. Contatado também para prestar declarações sobre o sucedido, o autarca António Jardim recusou comentar o incidente.

“Quando eu vinha a sair, o vereador António Jardim chamou-me”, “sempre naquele estilo de provocação”, ao que o deputado Francisco Carvalho terá recusado falar com o vereador. “Longe estava a minha ideia de que o homem me pretendia agredir”, desabafa Francisco Carvalho, afirmando que “vim sempre virando-lhe as costas, não lhe ligando, até à baia da largada onde está a passadeira, em frente à Câmara”.

Terá sido nesse momento, segundo os relatos de Francisco Carvalho, que “depois de ver que eu me ia embora, correu e empurrou-me” e aí “ao empurrar-me tive que virar-me”, pois “eu não ia deixar agredir-me e pronto, ali trocámos alguns socos, sejamos sinceros”.

Francisco Carvalho: “Ali trocámos alguns socos, sejamos sinceros”

Contudo, “as pessoas aperceberam-se da situação, entre as quais a senhora Anabela Consolado”, vereadora pelo PS, que “correu, apanhou-me logo, agarram-se logo a mim, viemos embora” e “até me queria vir trazer a casa”. Francisco Carvalho classifica o incidente como “uma tentativa de agressão no género de uma emboscada, de que fui vítima ontem”, afirmando que foi “perseguido, desde o Salão Nobre dos Paços do Concelho, onde se realiza a Assembleia Municipal, até cá fora”.

Segundo a versão do deputado do MUC, na origem dos confrontos terão estado “desabafos” do mesmo com outro membro do MUC, acerca das orientações políticas do vereador António Jardim, do qual “nunca esperei, da atitude dele, de se encostar à CDU, apenas para manter os desejos de conseguir alcançar os privilégios que sempre tentou obter”, como “é o caso dos terrenos em Bencatel, que é o caso da legalização em Peixinhos”.

Francisco Carvalho acrescenta que “já mais voltarei a pôr o meu nome nas listas do MUC” e que “no futuro” a sua intenção de voto “passa a ser agora no Partido Socialista”.

“Já mais voltarei a pôr o meu nome nas listas do MUC” e “a minha intenção de voto passa a ser no PS”

A juntar a estes fatores, “a única coisa que ele alegou, é que eu me insurgir na vida da família dele, no caso da filha, porque eu disse que no estado caótico em que se encontram os funcionários da Câmara Municipal, até se justifica a criação de um posto de trabalho de uma doutora psicóloga, para apoiar a situação de stress em que se encontram os funcionários da autarquia”. Contudo, “pena é que a senhora ainda tenha falta de cadeiras para atingir o grau a que se pretende”, acrescenta. Nesse caso, conclui, “a Câmara não vai adquirir uma doutora psicóloga, mas sim a criar um tacho a benefício dos interesses do sr. Jardim”.

Questionado sobre a intenção de formalizar uma queixa junto das autoridades, Francisco Carvalho diz que não o pretende fazer, porque “seria da minha parte alimentar prazeres indesejáveis”, e porque “o senhor vereador António Jardim é genro do meu primeiro irmão” e “no estado de saúde em que ele se encontra (…) decidi não entrar em polémicas em respeito ao meu irmão”. Considerando que “sempre me pautei por respeitar o meu semelhante”.

 

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