O Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, apresenta , esta quinta-feira, pelas 17 horas, em Viana do Alentejo, a conclusão do projeto de Conservação, Requalificação e Musealização do Santuário de Nossa Senhora de Aires e Inauguração dos seus Espaços.
O Santuário de Nossa Senhora de Aires, em Viana do Alentejo, uma obra do século XVIII, foi alvo de um ambicioso projeto de conservação, requalificação e musealização, com o objetivo de preservar e valorizar este importante monumento nacional, classificado em 2012.
Numa nota divulgada pela Arquidiocese de Évora, a mesma refere que o projeto nasceu da necessidade de intervenções urgentes identificadas por Raquel Seixas, historiadora da arte, durante o seu estudo de mestrado em História da Arte Moderna, que destacou a relevância do Santuário como um exemplar significativo da arquitetura barroca no Alentejo e local de devoção popular.
A iniciativa de requalificação foi liderada por membros da Fábrica Paroquial de Viana do Alentejo e contou com o apoio da Arquidiocese de Évora, representada pelo Sr. Arcebispo, Dom Francisco Senra Coelho, assim como da Câmara Municipal de Viana do Alentejo.
O projeto, com um valor total de 2.235.252,53€, contou com um financiamento comunitário de 1.609.808,38€, além do apoio significativo da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, que contribuiu com 311.500,00€.
As intervenções realizadas incluíram a conservação e restauro do património móvel e imóvel, a modernização das infraestruturas de acolhimento, e a requalificação paisagística da Alameda dos Romeiros. Foram ainda restaurados diversos elementos artísticos como o baldaquino, os ex-votos, esculturas e pinturas murais, entre outros.
O projeto de musealização foi organizado em dois núcleos expositivos: a Casa dos Romeiros, que aborda a história do culto à Nossa Senhora de Aires desde o período romano, e o primeiro piso da igreja, focado na temática dos ex-votos, refletindo a devoção popular e a ligação da comunidade ao santuário.
Esta intervenção teve como objetivo, em primeiro lugar, preservar fisicamente o santuário, mas também reforçar a sua atratividade como destino turístico e cultural, assegurando a sua sustentabilidade futura.
Este esforço conjunto entre entidades locais e financiamento europeu permite acima de tudo preservar o seu legado para as gerações vindouras e reiterar, mais uma vez, a importância do património cultural como elemento fundamental da identidade regional.