Várias peças em ouro e prata oferecidas por fiéis foram alegadamente furtadas no santuário de Nossa Senhora d’Aires, no concelho de Viana de Alentejo, sendo que após ter tomado conhecimento em meados de 2020, a Arquidiocese de Évora já participou o caso à Polícia Judiciária (PJ).
Em comunicado, a Arquidiocese de Évora revela que informada em “meados de 2020, por relato oral dos Párocos de Viana do Alentejo, do desaparecimento que remonta a Agosto de 2009, de um conjunto de ofertas feitas pelos fiéis que peregrinam ao Santuário de Nossa Senhora d’Aires.”
O arcebispo de Évora precisou que fez a participação à PJ no dia 26 de junho de 2020, pouco depois de ter tido conhecimento do caso, sublinhando que manifestou a esta polícia “total colaboração para o apuramento de toda a verdade”.
As peças furtadas do Santuário foram dois resplendores, um em prata e outro em ouro, ambos com pedras preciosas, e vários objetos de ouro de uso pessoal são algumas das ofertas desaparecidas, indicou a Arquidiocese de Évora.
“Não temos estimativa do valor económico das peças”, realçou a instituição religiosa, frisando que, “do ponto de vista religioso, os ex-votos são bens ofertados a Deus, que não se podem dispor sem autorização expressa do Santo Padre”.
No comunicado enviado à nossa redação, o arcebispo de Évora admitiu que o desaparecimento dos ex-votos do santuário “entristece e fere duramente o povo cristão”, notando que as “ofertas são fruto de privações e de uma fé profunda a Deus”.
De acordo com o prelado, o santuário encontra-se em obras de requalificação e a empreitada está “na fase final”, mas a sua reabertura realiza-se “logo que as circunstâncias sanitárias o permitam”.
Situado a cerca de três quilómetros da vila de Viana do Alentejo, o santuário de Nossa Senhora d’Aires, considerado o maior templo do sul do país, datado de 1743, acolhe anualmente muitos peregrinos provenientes de todo o país e, sobretudo, do Alentejo.