Pelo segundo ano consecutivo, realizou-se a Peregrinação das Famílias da Arquidiocese de Évora ao Solar da Padroeira. Este ano o evento decorreu no passado sábado, dia 28 de maio.
A Peregrinação das Famílias encerra a Semana da Família que decorreu nas Paróquias da Arquidiocese, com várias iniciativas, desde conferências a atividades culturais, passando por orações realizadas em espaços públicos, entre outras.
À semelhança do ano passado, os peregrinos foram desafiados a começar a Peregrinação a pé.
Às 10h00, começaram as atividades, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, com Terço da Misericórdia, Adoração ao Santíssimo Sacramento e Confissões.
Pelas 11h30, o arcebispo de Évora, D. José Francisco Sanches Alves, presidiu à concelebração Eucarística.
Devido ao mau tempo que se fez sentir durante a manhã, o programa de atividades sofreu algumas alterações, situação que o arcebispo de Évora, D. José Alves lamentou mas enalteceu que “o Santuário estava verdadeiramente repleto, tivemos um bom número de peregrinos, sinal de que as pessoas têm fé, são devotos de Nossa Senhora e também sentem necessidade de recorrer a Deus para que os ajude a conduzir a família segundo aquilo que Deus nos propõe e que não é fácil nos nossos tempos e é exatamente essa a razão que nos leva, a nós, a querer convocar todos os anos esta Peregrinação das Famílias, porque temos a consciência de que precisamos de nos unir, nos concentrar naquilo que é essencial, e de recorrermos a Deus para que nos ilumine, fortaleça, conduza, e as famílias nesta sociedade plural, onde cada dia tem que se fazer novas opções, cada dia tem que se recomeçar, e a família tem que ter, dentro de si, uma força muito grande e que as faça caminhar e ajude a enfrentar as dificuldades de cada dia”.
Sobre o que considera ser a maior ameaça para as famílias, D. José Alves salientou “a falta de estabilidade por razões várias, a família perdeu a estabilidade que tinha há uns tempos atrás no nosso país e essa falta de estabilidade desestrutura as famílias e a partir daí, depois reconstitui-se em outras famílias, mas não é a mesma coisa, porque os filhos veem-se obrigados a saltitar, do pai para a mãe e da mãe para o pai, depois vão encontrar gente diferente na casa para onde vão, porventura novos irmãos, e a falta de estabilidade é a maior dificuldade dos nossos tempos”.
O Arcebispo de Évora diz ainda que “há muitas causas para explicar isso, mas esse é o maior problema e temos que combater as causas para conseguir que a família readquira a sua estabilidade. Uma coisa é acompanhar a família que se quis constituir à luz do Evangelho e servir de apoio para que possa enfrentar e vencer as dificuldades e outra coisa é acompanhar aqueles que já se encontram em situações menos fáceis ou até difíceis, porque esses também são cristãos e a Igreja também os quer apoiar, cada um nas circunstancias em que se encontra”.
Depois das celebrações da manhã, os peregrinos dirigiram-se para a Mata Municipal de Vila Viçosa, à semelhança do ano passado, onde almoçaram e puderam conviver.