Desde setembro, que o Grupo, que inclui três empresas de extração e transformação de mármore, uma sediada no concelho de Vila Viçosa (Ala Almeida), e duas no concelho de Borba (Marmetal, Magrimar pararam de laborar devido a problemas financeiros.
A Rádio Campanário falou com o representante e advogado do Grupo, o Dr. Ricardo Bacalhau, a fim de obter esclarecimentos sobre a situação que afeta cerca de 40 trabalhadores, que atualmente se encontram com os seus contratos suspensos.
Um dos motivos que está a gerar preocupação gira também em torno da falta de comunicação por parte da administração com os trabalhadores. A falta deste diálogo tem levado a especulações sobre o possível desmantelamento das empresas e à falta de informação sobre o seu futuro.
Muitos trabalhadores têm contratos suspensos desde novembro, o que gera incertezas sobre o seu futuro.
Ricardo Bacalhau esclareceu que a empresa não está a ser desmantelada, mas sim submetida a um processo de reestruturação. Adiantou ainda que as atividades retomarão em janeiro. Alguns trabalhadores já rescindiram contratos, outros estão em processo de reforma, mas, estamos a trabalhar numa solução economicamente viável para todos.
Sobre os salários em atraso, não há garantia de pagamento integral neste momento. Porque tudo irá depender das decisões individuais dos trabalhadores, que podem optar por rescindir com justa causa ou voluntariamente com direito ás respetivas indemnizações. A prioridade do grupo é reativar as três empresas que normalmente trabalham em conjunto.
Quanto à notificação oficial aos trabalhadores sobre as mudanças e a retoma das operações, O Advogado salienta; (…)essas notificações serão feitas quando todos os detalhes do contrato estiverem totalmente finalizados, pelo fato de serem contratos com investidores internacionais a sua conclusão pode levar mais algum tempo, de salientar que já estamos a trabalhar neste processo de reestruturação desde maio de 2023.
No que diz respeito aos investidores internacionais, (…) está em negociação a venda de uma parte substancial do grupo, cerca de 50%, para investidores do continente americano, não são acionistas chineses nem fundos de capital de risco, são investidores particulares que têm interesse em adquirir uma parte do grupo.
Os trabalhadores também têm expressado preocupações quanto às dificuldades enfrentadas pelas famílias devido à interrupção das operações e à falta de pagamento dos salários. Alguns recorreram ao fundo do IEFP e estão a receber 60% dos seus salários, ainda assim, representa uma diminuição significativa no rendimento das famílias.
Em relação à alegação dos trabalhadores de que as máquinas estarem frequentemente avariadas e sem peças para o reparo, o Dr. Ricardo Bacalhau afirmou desconhecer esses detalhes. No entanto, garantiu (..)a prioridade é resolver os problemas imediatos, tanto judiciais quanto os relacionados com os trabalhadores, para retomar as operações em janeiro, se é no dia 2 ou é no dia 15, isso não lhe posso dizer, mas que vai ser em janeiro com toda a certeza.