Decorreu este sábado, 7 de dezembro, o Congresso Internacional organizado no âmbito da Homenagem a Maria Lúcia Dal Farra, grande especialista nos estudos florbelianos, no centenário da publicação de Livro de Mágoas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho em Vila Viçosa.
A Rádio Campanário marcou presença no colóquio e falou com Maria Lúcia Dal Farra, que começa por explicar que o colóquio tem por objetivo “homenagear Florbela”.
Para a especialista este colóquio também pretende “homenagear o primeiro lançamento dela ‘Livro de Mágoas’, homenagear a memória dela e mostrar a importância da obra de Florbela Espanca”.
Maria Lúcia Dal Farra considera que apesar de terem “passado 100 anos, Florbela foi e continua a ser lida”, acrescentando que a “obra de Florbela continua a resistir de uma maneira contemporânea”.
Vila Viçosa acaba por ser indissociável do nome Florbela Espanca, explicando a especialista que “tentaremos sempre trazer Florbela para junto da terra dela”, pois ela “amava Vila Viçosa e esta vila é o berço dela, é a terra matter”.
Questionada pela RC sobre o simbolismo do colóquio passar por Vila Viçosa, Maria Lúcia Dal Farra considera que “tudo da Florbela começa e termina em Vila Viçosa”, acrescentando que “ela jamais esqueceu os relevos desta terra, cada paisagem, cada símbolo, cada significado oculto da Charneca, está tudo ligado a Vila Viçosa”.
“Florbela encontra-se em Vila Viçosa como filha e como princesa, embora desalentada”
Maria Lúcia Dal Farra
A especialista em estudos florbelianos considera que “a grande referência da Florbela é Vila Viçosa, e nós queremos dar-lhe um lugar condigno”, deixando a garantia de que “sendo Vila Viçosa a raiz de Florbela, queremos que aquela casa onde ela viveu se possa transformar num museu”.
Maria Lúcia Dal Farra afirma que “vou começar uma campanha para que seja possível contruir esse museu com todo o espólio dela”.
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