A questão foi colocada ao presidente do Câmara, Inácio Esperança, durante a entrevista concedida à Rádio Campanário esta segunda-feira. Eis a resposta do autarca: “Vila Viçosa não precisa nada de ser cidade, não faz falta nenhuma”. Mas – e porque também aqui há um “mas” – o presidente do Município admite que não fecha a porta a essa possibilidade, se o concelho vier no futuro a beneficiar com esse estatuto.
“Se for preciso sermos cidade para ir a Bruxelas buscar fundos para desenvolver a nossa terra, não tenhamos dúvidas que vamos ser cidade”, admite Inácio Esperança, recordando que o processo é relativamente simples para alcançar essa elevação. “Todos os partidos políticos, em cada ano, podem propor uma terra para ser cidade. Têm que ter determinadas características e há uma alínea que aponta a relevância histórica”, relembra, puxando por um exemplo atual que ilustra as vantagens da promoção a cidade.
“Agora há duas linhas abertas para smart cities, onde é preciso ser cidade. Obviamente que não temos hipótese de ir aí. Além de não sermos cidade, não temos verbas disponíveis para uma contrapartida dessas. Temos outros projetos para fazer e não podemos fazer tudo ao mesmo tempo. Mas se for preciso ser cidade para se ir buscar cinco ou seis milhões de euros, nós vamos querer ser cidade logo no outro dia”, enfatiza.
Resume Inácio Esperança que essa promoção não iria acarretar subida de impostos para os munícipes do concelho.
