Um levantamento realizado no ano de 2007 pelo Ministério da Educação, identificou 739 escolas com cobertura de fibrocimento.
Os materiais com amianto são perigosos para a saúde quando, devido à sua deterioração libertam fibras que podem ser inaladas pelos ocupantes dos espaços onde se encontram, já que é um material tóxico e cancerígeno e está proibido na União Europeia desde 2005.
Em Vila Viçosa, a Escola D. João IV, é um edifícios, que contem na cobertura, placas contendo amianto.
Um problema que não está esquecido, mas que não merece preocupação de maior, visto que “já passaram uns anos e não houve um caso”, segundo declarou à Rádio Campanário o presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Concelho de Vila Viçosa.
Joaquim Viegas diz que é uma situação que o preocupa, “ a situação não está negligenciada, pela informação que tenho é que está patente na Delegação Regional de Educação do Distrito de Évora (…) está referenciado para quando houver investimento disponível (…) na realidade essas placas podem provocar algum efeito (…) pode não ser muito alarmante o facto de não estarem expostas diretamente sobre os alunos, uma vez que estão só no telhado e estão cobertas, deixa-nos alguma tolerância (…)”.
Quando instado sobre a possibilidade de danos na cobertura do edifício escolar, Joaquim Viegas refere que “isso é difícil acontecer, elas estão sobre uma placa de cimento, estão só a servir de cobertura da chuva, não estão diretamente sobre as salas de aula (…) quando manifestei esta preocupação tranquilizaram-me (…) já passaram uns anos e não houve um caso que se pudesse afetar àquela situação, daí dizer que podemos deixar alguma tolerância para que se efetive quando houver disponibilidade”.
Quando questionado sobre se os pais se têm pronunciado quanto a esta questão, o presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Concelho de Vila Viçosa, acredita que “as palavras que foram ditas na comunicação social e pelo diretor deixou aos pais uma opinião muito próxima da minha, não tenho visto pais preocupados com isso (…)”.
No entanto e segundo refere o dirigente associativo, não se têm realizado reuniões entre a associação, os pais e encarregados de educação, “em anos anteriores tínhamos pouca presença dos pais e verificamos que não resultava, os pais comunicam com a Associação de Pais pessoalmente (…) uma vez que não surtiu efeito quando tínhamos horário marcado na escola”.
Ao existir este silencio, quisemos saber se o facto das placas de amianto continuarem a fazer parte da estrutura do edifício escolar, não ser uma preocupação, Joaquim Viegas diz que a preocupação existe, “está preocupado o diretor da escola, o presidente da Associação de Pais, creio que também a edilidade, mas isso também já foi referenciado num Conselho Geral de Educação e nos órgãos próprios as coisas estão assumidas e numa próxima intervenção, quando houver disponibilidade financeira, é uma coisa a resolver em Vila Viçosa”, acrescentando, “quando tivermos aqui a presença de algum membro da Delegação Regional de Educação, iremos referir novamente o assunto e não iremos desistir até que seja sanado esse problema, não nos damos por satisfeitos só à espera que venha o dinheiro, iremos sempre lembrar quando é que é possível fazer essa intervenção a fim de garantir a segurança aos nossos alunos naquelas instalações”.