No passado sábado (12 de janeiro), Vila Viçosa assinalou o primeiro centenário do nacimento (31 de dezembro), de Joaquim Torrinha, eminente historiador calipolense na área de cerâmica popular alentejana, de azulejaria e de história local, assim como um reputado farmacêutico.
Em declarações à RC, presente na cerimónia que decorreu nos Paços do Concelho, Rui Torrinha, filho do homenageado, afirmou que o seu pai “foi sempre um amante de Vila Viçosa”.
Rui Torrinha destacou o contributo imenso de Joaquim Torrinha “no desenvolvimento sobretudo cultural” de Vila Viçosa, nomeadamente com a fundação do cineteatro e envolvendo-se no trabalho de instituições como a Santa Casa da Misericórdia.
“Tudo o que podia, mas mesmo tudo, ele puxava para Vila Viçosa”
Numa fase posterior, perante a falta de financiamentos para “coisas materiais”, o historiador dedicou-se mais à parte escrita, nomeadamente com a elaboração de inventários do património calipolense.
Perante um grande espólio “escrito à mão” e não numerado, o seu filho aponta a vontade de “coletar todas essas coisas e reunir numa obra”.
Descartando a hipótese de criação de um museu ou fundação para o seu pai, por motivos económicos, Rui Torrinha aponta ter conversado anteriormente “com amigos e políticos de Vila Viçosa” sobre a hipótese de criação de um espaço onde fosse reunido o espólio “de todas as pessoas que fizeram alguma coisa por Vila Viçosa”. Não tendo sido feito nenhum trabalho nesse sentido, conclui que “ficou a ideia”.
Na cerimónia foi ainda destacada a “bondade e honestidade” de Joaquim Torrinha, enquanto farmacêutico, para com os clientes e funcionários.
Foi ainda descerrada uma placa de homenagem a Joaquim Torrinha, naquela que foi a sua habitação, junto à farmácia, pelo seu filho e neta.
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