O Ministro da Cultura, Luís Castro Mendes e o Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado inauguraram esta terça-feira, dia 6 de dezembro, no Alentejo, uma série de visitas a Equipamentos e Agentes Culturais nas várias regiões do país.
Mais Cultura tem por missão a consolidação do papel da Cultura enquanto fator primordial ao desenvolvimento e coesão social, elemento agregador e integrador, definidor da afirmação de identidade e de sentido de comunidade.
Pretende empreender uma estratégia de proximidade, de diálogo, de partilha de conhecimento e de experiência entre todos os agentes ativos na construção das políticas culturais, fomentando um trabalho em rede entre a Administração Central do Estado, as Administrações Regionais e as Entidades e Agentes Culturais locais, indo ao encontro dos Lugares de Cultura do nosso país, valorizando a realidade patrimonial e artística de cada território e promovendo o processo de construção partilhada das políticas públicas.
Depois do Ministro da Cultura, Luís Castro Mendes e do Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado terem estado em Évora, visitaram ao final da tarde, pelas 16h30, o Paço Ducal/Museu Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança.
À reportagem da Rádio Campanário, Alberto Ramalheira, presidente do Conselho Administrativo da Fundação Casa de Bragança, referiu que a presença dos governantes significa “o reconhecimento do património extraordinário em que esta Fundação tem a responsabilidade de gerir e de pôr à disposição da fruição do povo português e é com muita alegria que temos estas visitas que permitem dar visibilidade a este acervo tão bonito de coisas que historicamente têm muito significado” e para além disso, como refere, “colocar a Fundação da Casa de Bragança dentro deste quadro de valorização do nosso património, da nossa cultura, num quadro que agora está também muito enquadrado nesta candidatura de Vila Viçosa a Património da Humanidade”.
Instado sobre o Ministro da Cultura ter proferido que já antes tinha visitado o Palácio e ter notado agora uma mudança para melhor, Alberto Ramalheira diz que essa mudança, “tem vindo a ser operada ao longo dos tempos”, salientando que existe “uma equipa que zela muito bem e faz uma boa gestão de todo este museu”, que tem vindo a ser enriquecido “com algumas novas peças, mas sobretudo estamos empenhados neste momento em fazer a investigação da documentação de que somos possuidores”, pelo que já foram feitas algumas publicações para “divulgar essa documentação”.
Alberto Ramalheira diz que estão a ser estudadas as possibilidades que existem para que “as pessoas fruam o mais possível do nosso património”, salientando, no entanto, que tem que haver “um enorme cuidado, sobretudo com a conservação”, daí que “temos que fruir, mas sem estragar”, afirmando que estão a ser procuradas “soluções equilibradas que permitam a fruição, mas que permita também a conservação”.
O Ministro da Cultura, Luís Castro Mendes referiu à Rádio Campanário que já visitou muitas vezes o Palácio, mas é a primeira vez que o faz enquanto governante, salientando que notou “um cuidado muito grande na preservação e conservação deste património, um grande alargamento das coleções de carruagens, da armaria”, considerando que “as condições de exposição estão muito mais convenientes”, pelo que, “o Palácio é um tesouro, uma joia da nossa arquitetura renascentista e que está inscrita para candidatura a Património Mundial da Unesco”.
Luís Castro Mendes diz que apesar de Vila Viçosa estar na Lista Indicativa, há todo um trabalho a fazer, sobretudo “tem que se consolidar primeiro, e tem que se preparar bem todo o processo de candidatura, que é lento e tem os seus tramites, mas é evidente que todo este património de Vila Viçosa são exemplo de arquitetura renascentista muitíssimo valioso, pelo que foi uma grande alegria voltar a ver este espaço”.
