Após a trasladação de cerca de 26 coches para o novo Museu Nacional dos Coches em Lisboa, o homólogo de Vila Viçosa teve necessidade de encerrar, durante um breve período de tempo no mês de Maio, tendo reaberto posteriormente ao público, “(…) com todos os espaços devidamente guarnecidos com uma coleção de várias dezenas de carros”, afirmou a Dra. Maria de Jesus Monge, em entrevista à Rádio Campanário.
De acordo com a diretora do Museu Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança, esse período foi “negativo”, pois para além da saída dos carros, transpareceu, de certa forma, para o público, que a coleção tinha perdido muita qualidade, o que não aconteceu, e ainda porque desabituou os operadores turísticos a colocarem o Museu dos Coches nas suas rotas.
Tendo em conta este aglomerado de variantes, o número de visitantes sofreu “ (…) um ligeiro recuo em relação a anos anteriores, mas nada de muito significativo”, tendo registado cerca de 900 entradas, desde que o museu reabriu.
Nesta altura, com a Festa do Redondo e as Festas do povo de Campo Maior, a direção do Museu Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança, esperava um ligeiro aumento nas visitas, o que não aconteceu, tendo em conta a maior dificuldade que as pessoas têm hoje em pagar vários ingressos.
Confrontada pela Rádio Campanário sobre as novas diretrizes da Fundação de Bragança para continuar a atrair público, a Dra. Maria de Jesus Monge admite que “(…) têm uma politica de divulgação relativamente comedida”, indo de encontro aos 90 anos da instituição, apostando mais no boa-a-boca e nas boas experiências vivenciadas pelos turistas.
Como atrativos, este museu tem a qualidade única de estar instalado nas antigas cavalariças da Casa Real, onde o lado arquitetónico é muito importante para o conjunto museológico. Têm ainda “ (…) meia dúzia de carros do século XVIII com grande impacto visual com muitos dourados, com talha barroca exuberante que são de certeza um dos pontos altos da visita”. Para além disso, o museu possui, ainda, uma série de carros que foram utilizados pela Família Real , assim como, como um conjunto de carros utilizados em meios rurais, sem serem carros de campo.
Quanto ao Futuro, a diretora do Museu Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança esclareceu que já está a ser preparado e em fase de acabamento um novo roteiro, para além de um suporte escrito em papel, está ainda a ser preparada nova sinalética e nova legendagem, e para um futuro muito próximo prevê-se a criação de um Pólo Multimédia.