A freguesia de Pardais (Vila Viçosa), recebeu esta terça-feira, dia 31 de julho, a apresentação do projeto «Aldeia Segura, Pessoas Seguras», desenvolvido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Esta surge como a primeira aldeia do município de Vila Viçosa a implementar este projeto que visa “criar na população uma consciência para o risco […] destes aglomerados virem a ser afetados por um incêndio”, explica José Ribeiro, comandante de Operações de Socorro do distrito de Évora.
Para tornar os aglomerados mais seguros, têm vindo a ser desenvolvidos trabalhos pelo poder local e por um conjunto de entidades “na limpeza do combustível”.
É objetivo da iniciativa, dotar a população dos conhecimentos para agirem em situação de incêndio, nomeadamente na evacuação e transferência para local seguro até à chegada dos Bombeiros, e sensibilizar para “a responsabilidade no uso do fogo”.
O processo de implementação deste projeto é demorado, aponta, e será dinamizado pelo oficial local e no caso concreto de Pardais, “por uma equipa de jovens que está a desenvolver um projeto no âmbito do voluntariado jovens para as florestas”.
Luís Nascimento, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, afirma à Campanário, que “a prevenção é o melhor caminho” para combater o risco de incêndios, nomeadamente sensibilizando a população para “os riscos que não devem correr”.
Apesar de apontar o baixo nível de risco de incêndios florestais e rurais do concelho, alerta para a importância do envolvimento de toda a população para evitar situações como os incêndios registados em Portugal em 2017. Neste sentido, no passado mês de junho, o município procedeu à distribuição de folhetos de sensibilização para a limpeza das faixas de combustível.
Quando à adesão ao projeto das outras aldeias do concelho Ciladas (São Romão) e Bencatel, afirma que a iniciativa deve partir das juntas de freguesia.
Inácio Esperança, presidente da Junta de Freguesia de Pardais, declara à RC que “felizmente não temos um concelho muito problemático relativamente a incêndios, mas é território e o território tem riscos”.
O dirigente aponta a importância do programa como “uma boa garantia de segurança”, proporcionando à população um local para se dirigirem e abrigarem em caso de catástrofe.
Será definido um toque de segurança que será conhecido por toda a população, e no dia 21 de agosto, em sessão de informação à população, a junta procederá à distribuição de um kit por habitação /família para utilizar em caso de catástrofe.
Inácio Esperança, quando questionado, confirma a possibilidade de aplicação do “toque de segurança para juntar a população num determinado local”, dos locais e percursos definidos no programa, em outras situações de catástrofe.
No âmbito de um programa do IPDJ que coloca jovens na vigilância de incêndios para proteção da floresta, estes são simultaneamente «aproveitados» para a sensibilização da população no âmbito da Aldeia Segura, Pessoas Seguras.
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