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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Vila Viçosa: “Sem Maria, Jesus seria um ser celestial, um ser estranho”, diz Cónego Mário Tavares de Oliveira à Rádio Campanário (c/som e fotos)

Integrada nas celebrações da Solenidade da Imaculada Conceição, decorreu na sede da Régia Confraria, na tarde de sábado, dia 3 de dezembro, pelas 16h30, em Vila Viçosa, uma conferência sobre “Maria” pelo Cónego Mário Tavares de Oliveira.

À reportagem da Rádio Campanário, o orador, depois de questionados sobre ter referido na conferencia que Jesus sem Maria poderia ser um mito, explica que “Jesus é-nos tão próximo em virtude da sua natureza humana, em que a natureza humana e a divina se unem de maneira a constituírem a única pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, mas em que a dimensão humana de Jesus vem-nos por Maria porque é filho de Maria, sem Maria, Jesus seria um ser celestial, um ser estranho, alguém que não tinha uma origem em que nós conhecêssemos”.

Salienta que “Maria dá-lhe essa densidade humana que permite que Jesus caminhe entre nós, seja um de nós, esteja connosco, se sente à nossa mesa e nos fale de maneira a podermos perceber, sem a maternidade divina de Maria, sem aquilo que Maria empresta aos desígnios da salvação, Jesus seria de facto um mito, um ser estranho, um ser etéreo, transcendente”.

 O Cónego diz ainda que “Jesus para nós é o Filho de Deus encarnado, Jesus não é uma ideia, é um homem que foi enviado por Deus, para nossa salvação e nessa dimensão é Filho de Deus, mas é verdadeiramente homem porque Maria lhe confere a natureza humana”.

Mário Tavares de Oliveira diz ainda que na verdade, “ninguém ama aquilo que não conhece”, daí que considere “que nos contentamos muito com aqueles rudimentos de doutrina que um dia recebemos na catecismo em crianças ou na tradição da família ou aquilo que vamos bebendo ao longo dos tempos nas nossas formas de piedade e nas nossas tradições e isso é muito pouco”, assinalando que “quanto mais nos aproximamos do mistério de Maria e do seu filho, e nos damos conta da sua riqueza, mais também amamos”, daí que “para não transformarmos Maria num objeto meramente religioso e devocional, há que mergulhar e nos interessarmos pela sua pessoa e quanto mais nos debruçamos sobre ela, também mais a amamos”.

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