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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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Vimieiro: Misericórdia cumpre tradição com “Cortejo de Oferendas”. “São das coisas mais bonitas que liga as misericórdias à sua comunidade e as comunidades querem ter isto na rua”, declara provedor Aurelino Ramalho (c/som e fotos)

A Santa Casa da Misericórdia de Vimieiro promoveu as suas tradicionais festas com um conjunto de atividades, desportivas, culturais e religiosas.

O evento decorreu nos dias 23 e 24 de julho, tendo as festividades o seu ponto alto, na manhã de domingo com a celebração da Missa Solene na Igreja Matriz de Vimieiro, celebrada pelo padre Amândio Painha e com a presença do Coro da Igreja de Vimieiro, Missa que a Rádio Campanário transmitiu em direto.

Mas foi na tarde de sábado que decorreu o Cortejo de Oferendas pelas ruas de Vimieiro com a participação do Grupo Bat Na Lata da Sociedade Vimieirense, que a Rádio Campanário acompanhou.

Em declarações a esta Estação Emissora, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vimieiro, Aurelino ramalho, explica que quando chegou à Santa Casa da Misericórdia, “já se mantinha esta tradição que começou em 1975,1976, em que a direção que estava na altura, entendendo que antigamente, no tempo em que as misericórdias faziam os cortejos de oferendas para arranjarem os produtos para os seus hospitais e para os seus asilos. No Vimieiro começamos a fazer naquela altura e nunca mais perdemos esta tradição, e o que é curioso, é que cada ano que passa, as pessoas dão mais dádivas, mas depois há uma curiosidade grande, é que enquanto nas outras localidades os produtos são aplicados nas instituições (…) aqui não, à noite, no baile, leiloamos aquilo que as pessoas oferecem e normalmente são os próprios donos que compram as coisas, o que é muito giro. Eu acho que esta tradição não se deve perder ao nível das misericórdias, são das coisas mais bonitas que liga as misericórdias à sua comunidade e as comunidades querem ter isto na rua”.

Aurelino Ramalho acrescenta que nos dias de hoje o objetivo é diferente, na altura, “há 30 anos, possivelmente este cortejo de oferendas serviria para pagar o subsídio de férias dos trabalhadores da altura (…) hoje não tem o mesmo objetivo. Hoje a misericórdia paga 50 mil euros de subsídio de férias e o cortejo de oferendas dá (cerca) de 15 mil euros. É para manter a tradição e acho que nestas terras, nas misericórdias, e nestas comunidades, não se pode perder o que é bom e isto dá-me um prazer enorme”.

Maria Joaquina, natural de Estremoz, mas a residir no Vimieiro há muitos anos, referiu à reportagem da Rádio Campanário que o seu gesto, uma oferenda em dinheiro, é para “ajudar a Santa Casa da Misericórdia, eu também sou sócia (…) e todos os anos dou quando passa o desfile (…) mas muitos mandam em carta para a misericórdia, mas como passa à minha porta, ofereço”.

 

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